Histórias de Fé: “O dia mais feliz de toda a minha missão”
Há alguns anos, João Vitor, ainda adolescente, teve o desejo de saber qual Igreja ele deveria se filiar. Criado em uma família muito religiosa e temente a Deus, começou a buscar uma Igreja para frequentar e ali ficar.
Ele orou ao Senhor e recebeu sua resposta. O que aconteceu a seguir foi um verdadeiro milagre, que neste artigo, possui dois relatos. O relato de João Vitor e também o relato de sua mãe, Aparecida.
João Vitor
“Tudo começou quando eu estava procurando uma igreja para ficar. Fui criado dentro de um berço evangélico com uma avó pastora e fui treinado desde pequeno para ser um pastor. Nunca me senti bem com isso e um dia, nessa procura por uma igreja, em uma postagem de um amigo meu, vi uma imagem do FSY que ele participou.
Aquilo me chamou muita atenção e falei para ele que eu queria fazer uma visita nessa igreja. No outro dia ele me levou ate o seminário e lá conheci muitas pessoas. Me interessei muito e no domigo fui para a capela.
Conheci os missionários (Elder Brenes e Elder Maximus) e logo eles começaram a me ensinar. Foi uma grande luta até que eu conseguisse me batizar, principalmente por minha família ser contra.
Depois que eu me batizei em novembro de 2019, adquiri um testemunho enorme da igreja. Senti um desejo muito grande de ajudar outras pessoas a conhecerem o evangelho, assim como aqueles dois missionários me ajudaram.
Passou-se o tempo e comecei a preencher meu chamado para servir como missionário, porém meus pais foram extremamente contra tudo aquilo. Mas eu estava decidido e continuei firme até o dia que meu chamado chegou.
Quando vi que fui designado para a Missão Brasil Curitiba eu me alegrei muito. Passei por experiências incríveis no Centro de Treinamento Missionário e em agosto de 2022 cheguei no campo missionário.
Logo, comecei a ensinar meus pais nos meus p-days (dias de preparação), até que em um dia eu os convidei para serem batizados e eles aceitaram. Fiquei super emocionado e contei ao meu presidente de missão, o Presidente Bikman, que na mesma hora disse que pagaria tudo para que meus pais viessem de São Paulo para Curitiba.
Também, os pais do meu companheiro, Élder Rocha, se ofereceram para sair de Brasília e passar por São Paulo para buscar meus pais. Com tudo organizado, finalmente no dia 25 de setembro de 2022 – o dia mais feliz de toda a minha missão – eu tive a oportunidade de batizar meus próprios pais.
Foi um dia inesquecível e que vai ficar na história de minha família para sempre!!!”
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Sobre sua experiência de conversão e os sentimentos que tinha em relação às decisões do filho, Aparecida compartilha:
Aparecida
“Eu fui super contra [meu filho ir para a missão]. Não aceitava de jeito nenhum, mas mesmo assim ele começou a se preparar para enviar o chamado. Enquanto ele se preparava, eu torcia muito para que tudo desse errado, só para ele não conseguir ir. Mas, mesmo com todos os meus pensamentos negativos, vi que ele não desistia. E quando estava perto de mim, sempre dizia que ia servir uma missão e eu saia de perto imediatamente.
Até que um dia, meu filho me convidou para assistir o filme sobre a vida de Joseph Smith e sua Primeira Visão. Quando terminei o filme, ele me disse para que eu fosse orar a Deus e que Ele iria me mostrar qual era a igreja verdadeira de Deus.
Naquela noite eu tive um sonho, onde soube que a igreja [de Jesus Cristo] realmente era verdadeira, mas mesmo com uma resposta tão clara assim, eu não queria que meu filho fosse servir uma missão.
A cada dia que passava, via seu desejo de servir a Deus crescer. Foi então que decidi orar ao Senhor, abrindo meu coração e falando de minhas preocupações como mãe. Disse que se fosse da vontade Dele que meu filhos servisse missão que tudo pudesse dar certo.
Incrivelmente, tudo deu muito certo durante sua preparação, e logo seu chamado chegou. Nunca vi alegria tão grande nos olhos de meu filho! Foi algo tão grandioso que aquela alegria invadiu meu coração. Eu sabia que meu filho estava tão feliz, e meu coração ficou tranquilo.
Meu filho me deu uma bênção de conforto antes de ir para o CTM e naquele momento todas as dúvidas e tristezas foram embora. Enquanto estava na missão, sempre conversávamos nos seus dias de p-day sobre o evangelho, juntamente com seu companheiro.
Então comecei a amar os missionários como se fossem meus filhos. Logo os élderes vieram me visitar, e um dia, eles me convidaram para ser batizada. Eu aceitei logo porque eu queria está junto de Deus e também porque queria poder falar desse evangelho como meu filho estava fazendo.
Meu batismo foi marcado logo e algo muito especial aconteceu. Meu filho poderia ser a pessoa que iria me batizar! Meu coração ficou tão feliz, mas tão feliz, pois seria batizada pelo meu próprio filho! Foi uma felicidade imensa.
O presidente concedeu toda a viagem e o hotel, e fomos para Curitiba com o apoio dos pais de um companheiro de missão do meu filho, Élder Rocha. Fomos batizados e foi um momento muito lindo.
Daqui 1 ano, queremos voltar para Curitiba para sermos selados como família no templo.”