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As mulheres e o trabalho no templo desde a antiga Israel até agora

O Velho Testamento as vezes concentra sua atenção no trabalho de modelos masculinos em antigos templos israelitas, especialmente sumos sacerdotes, sacerdotes e levitas.

Esse foco, às vezes cria um desentendimento, em nossos dias, com relação ao papel feminino em templos antigos, e ocasionalmente também nos falta uma compreensão clara a respeito das mulheres em nossos templos modernos.

No entanto, nos últimos anos, muitas verdades sagradas foram esclarecidas com relação à elevada e significativa posição das mulheres em templos Santos dos Últimos Dias.

Barbara Gardner, uma professora associada de Doutrina e História da Igreja na Universidade Brigham Young escreveu:

“Todos os membros dignos que receberam sua investidura e guardam os convênios que fizeram no templo têm o poder do sacerdócio. Portanto, mulheres, casadas ou solteiras, podem ter o poder do sacerdócio em seus lares independentemente da visita de um portador do sacerdócio”.

Sheri Dew, ex-conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro e autora de “Women and the Priesthood” (As mulheres e o Sacerdócio), escreveu:

“O que significa ter acesso ao poder do sacerdócio? Significa que podemos receber revelação, ser abençoadas e ajudadas pelo ministério de anjos, aprender a retirar o véu que nos separa de nosso Pai Celestial, sermos fortalecidas para resistir à tentação, sermos protegidas e iluminadas e mais inteligentes do que somos — sem qualquer intermediário mortal.”

A investidura do templo oferece ensinamentos poderosos com relação à enobrecida posição da mulher. Os procuradores do templo aprendem sobre essas verdades, linha sobre linha, à medida que prestam atenção ao longo dos anos e décadas e, mais significativamente, ao receberem instruções do Espírito Santo, que confirma em nossos corações e mentes a posição de honra das mulheres no reino de Deus.

Durante um discurso em uma devocional, o Presidente M. Russell Ballard ofereceu várias verdades fundamentais que nos ajudam a compreender o significante status das mulheres:

“Quando homens e mulheres vão ao templo, ambos são investidos com o mesmo poder, que por definição é o poder do sacerdócio. Embora a autoridade do sacerdócio seja dirigida pelas chaves do sacerdócio e as chaves do sacerdócio sejam conferidas apenas aos homens dignos, as bênçãos do sacerdócio estão à disposição de todos os filhos de Deus.

A investidura é literalmente uma dádiva de poder. Todos os que entram na casa do Senhor oficiam nas ordenanças do sacerdócio.

Nosso Pai Celestial é generoso com Seu poder. Todos os homens e todas as mulheres têm acesso a esse poder para ajudá-los em sua própria vida. Todos aqueles que fizeram convênios sagrados com o Senhor e que honram esses convênios têm direito de receber revelação pessoal, de ser abençoados pelo ministério de anjos, de ter comunhão com Deus, de receber a plenitude do evangelho e, no final, de tornar-se herdeiros juntamente com Jesus Cristo de tudo o que o Pai possui.”

Durante a conferência geral em abril de 2014, o Presidente Dallin H. Oaks acrescentou muito à nossa compreensão das mulheres e o sacerdócio:

“Não estamos acostumados a dizer que as mulheres têm a autoridade do sacerdócio em seu chamado na Igreja, mas que outra autoridade poderia ser? Quando uma mulher — jovem ou idosa — é designada a pregar o evangelho como missionária de tempo integral, ela recebe a autoridade do sacerdócio para realizar uma função do sacerdócio. O mesmo se aplica quando uma mulher é designada para atuar como líder ou professora em uma organização da Igreja, sob a direção de alguém que possui as chaves do sacerdócio. Qualquer pessoa que atue em um ofício ou chamado recebido de alguém que possui as chaves do sacerdócio exerce a autoridade do sacerdócio ao cumprir seus deveres designado.”

Além desses ensinamentos relacionados as mulheres, há vários detalhes visuais, mas não falados, no templo que também nos conscientizam da igualdade das filhas e filhos de Deus. Alguns desses foram identificados pelo Presidente Nelson:

“No templo, todos se vestem de branco imaculado… Por meio de vestimentas semelhantes, a frequência ao templo nos lembra que “Deus não faz acepção de pessoas”.

O Presidente Nelson continua, “A idade, a nacionalidade, o idioma e até mesmo o cargo na Igreja são de importância secundária”.

Não é dada nenhuma preferencia para uma nacionalidade específica, nenhuma prioridade para um idioma em particular. A idade não importa! Jovens e idosos são iguais.

O próximo ponto do presidente Nelson é ainda mais notável: “Já participei de muitas sessões de investidura em que o presidente da Igreja estava presente. Todos os homens no recinto receberam o mesmo tratamento respeitoso dispensado ao presidente.”

Homens e mulheres, independentemente de sua posição eclesiástica, todos recebem as mesmas instruções durante a investidura e são iguais na casa do Senhor.

Então o Presidente Nelson escreve: “Todos se sentam lado a lado e são considerados iguais aos olhos do Senhor”.

Durante a investidura, não há disposições hierárquicas de assentos e não há pódio para líderes eclesiásticos. Mulheres e homens são totalmente iguais. E então, na conclusão da investidura, homens e mulheres têm igual acesso à sala celestial, que significa o reino celestial.

As mulheres e os templos antigos

Durante os muitos séculos em que a lei mosaica prevaleceu na antiga Israel, apenas Aarão e sua descendência masculina eram autorizados a entrar nos antigos templos israelitas.

Embora as mulheres e os homens das outras onze tribos não pudessem entrar no templo, eles tinham outros privilégios sagrados. Com relação às mulheres israelitas durante este período de tempo:

As mulheres tinham acesso à área do pátio do templo.

As mulheres doavam joias (brincos, anéis, pulseiras, joias de ouro) para a manutenção do templo e para a compra de itens para fazer as vestes sagradas (ver Êxodo 35:21, 29).

As mulheres doavam seus espelhos, que eram colocados em molduras de latão, para o templo; o latão foi utilizado para construir a pia de latão (ver Êxodo 38:8).

As mulheres teciam tecidos de azul, púrpura, escarlate e linho (ver Êxodo 35:25-26) para as vestes sacerdotais, bem como as cortinas e véus.

Uma mulher podia se tornar nazireu, alguém que fazia votos sagrados e era consagrado (hebraico: nazireu, “consagrado”) perante o Senhor (ver Números 6:1-21). Um voto nazireu permitia que não sacerdotes se tornassem consagrados e desempenhassem um papel que é um tanto semelhante ao de um sacerdote. Na conclusão do período do voto, o nazireu era apresentado no tabernáculo, onde ela ou ele fazia ofertas (sob a direção de um sacerdote) junto com uma cesta de pães sem fermento e outros itens. O nazireu então raspava a cabeça na porta do tabernáculo e queimava o cabelo no fogo do sacrifício.

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Uma mãe podia fazer um voto de fazer de seu filho um nazireu (ver 1 Samuel 1:11-28).

Uma mulher podia trazer sacrifícios ao templo (ver 1 Sam. 1:24; Lucas 2:24); e de acordo com o Rabbi Yisrael Ariel, as mulheres eram “até mesmo obrigadas a sacrificar a oferta da Páscoa, a menos que um membro da família o fizesse. As mulheres acompanhavam seus sacrifícios com oração, confissão, arrependimento, prostração e agradecimento a Deus por Sua bondade.”

As mulheres faziam votos no templo (ver 1 Sam. 1:11).

Mulheres oravam no templo (ver 1 Sam. 1: 10-13). Em uma ocasião solene, muitos homens de Judá, “os seus pequeninos, as suas mulheres, e os seus filhos” (2 Crônicas. 20:1-13) reuniram-se no pátio do templo para orar.

De acordo com fontes antigas e não bíblicas, as mulheres às vezes entravam no pátio do templo de Herodes para consolar outras pessoas que estavam de luto, oprimidas ou buscavam consolo no templo.

As mulheres, assim como os homens, traziam as primícias ao templo, apresentavam-nas a um sacerdote e depois adoravam ao Senhor (ver Deuteronômio 26:5-10; 9 ver também “Ana mãe de Samuel, Ana a profetisa da tribo de Aser e Maria”).

Era uma questão de disputa se as mulheres podiam ou não impor as mãos sobre as cabeças dos animais sacrificados. Algumas das primeiras autoridades rabínicas argumentavam em seu favor, enquanto outras decidiam que não podiam.

As mulheres participavam da Páscoa, o que incluía ir ao templo e participar da oferta da Páscoa.

As mulheres na antiguidade e as mulheres agora

De Moisés a João Batista (por mais de um milênio), apenas alguns poucos israelitas foram autorizados a entrar no templo.

Na verdade, apenas homens, de certa idade, de uma única família (Aarão e seus descendentes homens), de uma única tribo de Israel (os Levitas), podiam entrar no templo.

No total, uma porcentagem muito pequena da antiga Israel tinha permissão para entrar no templo durante este período de tempo.

Além disso, apenas aqueles mesmos relativamente poucos israelitas tinham permissão para participar de vários rituais do templo, como lavagens, unções e o uso das vestes sagradas.

Membros das outras onze tribos – homens e mulheres – não tinham permissão para entrar no templo, nem para participar dos rituais do templo ou usar vestimentas sagradas. Homens e mulheres de outras tribos eram restritos ao pátio do templo.

Por que tais restrições sobre quem tinha permissão para entrar no templo e participar de seus rituais? Depois que o Senhor tirou a antiga Israel do Egito com grande poder e muitos milagres, Ele declarou, “E vós me sereis um reino de sacerdotes e povo santo” (Ex. 19:6).

Nesse versículo a palavra Reino lida com reis e rainhas e sacerdotes que pertencem ao sacerdócio. Observe que os substantivos plurais hebraicos masculinos também podem referir-se a mulheres (às vezes, o plural masculino é usado quando homens e mulheres estão presentes).

Assim, o plural de sacerdotes (hebraico: kohanim) também é relevante para mulheres. Porém, Israel rejeitou a bênção eterna de se tornar um “reino de sacerdotes”; de maneira oposta, “eles, porém, endureceram o coração e não puderam suportar [a] presença [de Deus]… Portanto, tirou Moisés do meio deles, como também o Santo Sacerdócio [de Melquisedeque]; E o sacerdócio menor [Aarônico] continuou… que o Senhor, em sua ira, fez com que continuasse na casa de Aarão, entre os filhos de Israel, até João” (D&C 84:24–27).

As coisas mudaram depois de João Batista e novamente com a Restauração do Evangelho através do Profeta Joseph Smith.

Agora, em nossa dispensação, todos os homens e mulheres dignos estão autorizados a entrar no templo igualmente!

Além disso, mulheres e homens participam de rituais como lavagens e unções, e usam vestimentas sagradas.

Homens e mulheres têm papéis sacerdotais, oram no altar e entram em vários lugares sagrados do templo.

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As mulheres, junto com os homens, agora participam plenamente dos rituais, convênios e ordenanças. Ao fazer isso, eles exercem o poder do sacerdócio, como o Presidente Russell M. Nelson esclareceu ao falar às mulheres da Igreja:

“Quando vocês são designadas para servir em um chamado sob a direção de alguém que possui as chaves do sacerdócio — como seu bispo ou seu presidente da estaca —, vocês recebem autoridade do sacerdócio para servir naquele chamado. De modo semelhante, no templo sagrado, vocês são autorizadas a realizar ordenanças do sacerdócio e a oficiar nelas todas as vezes que frequentam o templo. Sua investidura no templo as prepara para isso.”

Em nossa dispensação, o desejo do Senhor de que Seu povo da aliança se torne um “reino de sacerdotes” está em pleno vigor.

Na declaração de João, o Cordeiro “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre.” (Apocalipse 5:10; ver também Ap. 1:6; 20:6), também se aplica a nós, como diz Pedro: “vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa” (1 Pedro 2:9).

As palavras de Joseph Smith falam para homens e mulheres: “Aqueles que possuem a plenitude do Sacerdócio de Melquisedeque são reis e sacerdotes do Deus Altíssimo e possuem as chaves de poder e bênçãos.”

E também, “os homens possam receber suas investiduras e sejam consagrados como reis e sacerdotes ao Deus Altíssimo”.

Fonte: LDS Living

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