Vem e Segue-me – lição 21 “Eis que o teu rei virá” Mt 21-23, Mc 11; Lc 19-20; Jo 12
Para apoiar o novo programa de aprendizado da Igreja – “Vem, e Segue-me” – estamos publicando semanalmente comentários sobre a lição designada. Neste ano somos convidados a estudar o Novo Testamento. Na lição de hoje (designação de 20-26 de maio) estudaremos sobre a entrada triunfal de Cristo, a figueira amaldiçoada e muitos outros princípios.
A entrada Triunfal de Cristo
Cumprindo uma profecia do Velho Testamento, Jesus em um jumentinho, entrou em Jerusalém e foi aclamado. O Elder James E. Talmage comentou:
“O povo rejubilava com o espetáculo de Jesus cavalgando em direção à cidade santa e espalhava as vestes e lançava folhas de palmas e outras folhagens no Seu caminho, atapetando assim o caminho como para a passagem de um rei. Naquele momento, Ele era o seu rei e eles os vassalos em adoração. A voz da multidão soava em retumbante harmonia: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor: paz no céu, e glória nas alturas”, e novamente: “Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor: Hosana nas alturas!”
Essa expressão “Hosana”, encontrada também no Livro de Mórmon, na ocasião em que Cristo apareceu ao povo, tem um significado profundo. “Hosana” é uma palavra hebraica que significa “salva-nos,” e é usada como suplica profunda para clamar salvação.
Na Festa dos Tabernáculos, que comemorava a libertação de Israel e entrada na terra prometida, o povo cantava as palavras do Salmo 118 e agitava ramos de palmeira. Na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, as multidões bradavam “Hosana” e espalhavam ramos de palmeira no caminho do Senhor, demonstrando assim a sua compreensão de que Jesus era o mesmo Jeová que outrora libertara Israel (Salm. 118:25–26; Mt. 21:9, 15; Mc. 11:9–10; Jo. 12:13). Eles reconheciam Cristo como o Messias há muito esperado. A palavra Hosana tornou-se uma aclamação ao Messias em todas as épocas (1 Né. 11:6; 3 Né. 11:14–17). O brado de hosana foi incluído na dedicação do Templo de Kirtland (EUA) e hoje faz parte da dedicação dos templos modernos (D&C 109:79).
A hipocrisia dos líderes judeus
Os líderes judeus ficaram irritadíssimos com a entrada triunfal de Cristo. Ele abertamente se declarava como o Messias, e muitos o reconheciam. Como deteriam Jesus? Uma conspiração estava se formando para destruí-lo, e Cristo bem sabia disso. Por isso ele denunciou a hipocrisia com grande vigor. Em Mateus 23, o Salvador usou diversas metáforas para descrever a hipocrisia.
Ele falou sobre os largos filactérios dos judeus. Filactérios eram caixas de couro contendo pequenos rolos de pergaminhos com passagens de escritura escritas neles. Os judeus prendiam essas caixinhas com tiras de couro em volta da testa ou do braço como uma forma de se lembrarem dos mandamentos (ver Deuteronômio 6:6–8). Por orgulho, os fariseus usavam largos filactérios, de maneira que todos pudessem ver o quanto eles amavam a palavra de Deus. Sobre isso Cristo denunciou:
“[Eles[ fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e estendem as franjas das suas vestes,
E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens: Rabi, Rabi
Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
Porém o maior dentre vós será vosso servo.
E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23)
A figueira amaldiçoada é também uma analogia dos líderes iníquos. Como o manual ensina:
“O Salvador estava faminto após viajar de Betânia até Jerusalém e uma figueira à distância parecia ser uma fonte de alimento. Mas, ao Se aproximar dela, Jesus constatou que ela não produzia nenhum fruto (ver Mateus 21:17–20; Marcos 11:12–14, 20). De uma certa forma, a figueira era semelhante aos líderes religiosos hipócritas em Jerusalém: seus testemunhos vazios e suas demonstrações exteriores de santidade não conferiam nenhuma nutrição espiritual. Os fariseus e escribas aparentavam guardar muitos preceitos, mas falhavam nos dois grandes mandamentos: amar a Deus e amar ao próximo como a si mesmo”
Fiz um vídeo comentado sobre essa lição. Confira:
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