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O simbolismo da árvore da vida, dos anjos e da espada no jardim do Éden

Qual é o significado da árvore da vida? O simbolismo dela pode dar algumas pistas. As árvores têm vários significados simbólicos. Quando são verdes geralmente representam os justos, e quando estão secas podem simbolizar os iníquos. M. Catherine Thomas observou que  “na maioria das vezes, nas escrituras, a árvore é um símbolo antropomórfico. Uma árvore é um símbolo muito bom porque tem membros, um sistema circulatório, dá frutos, e assim por diante. Principalmente, as árvores bíblicas representam Cristo e Seus atributos. Em tempos antigos, as árvores eram sagradas e representavam os atributos dos deuses”.

Susan Easton Black escreveu: “A árvore da vida está relacionada com a cruz e as duas coisas, em partes, possuem o mesmo significado. Ambas se relacionam com a ressurreição, a vida eterna, o Senhor e o ‘amor de Deus’. Antes da crucificação de Cristo, a árvore da vida era um símbolo muito utilizado. Após a crucificação, a cruz parece que a substituiu”. Quando Néfi desejava saber o significado da árvore que seu pai vira em sonho (1 Néfi 11:9-24), o anjo mostrou-lhe a visão do nascimento de Cristo. Ele então disse a Néfi: “E disse-me o anjo: Eis o Cordeiro de Deus, sim, o Filho do Pai Eterno! Sabes tu o significado da árvore que teu pai viu?” (1 Néfi 11:21). Néfi respondeu:  “É o amor de Deus” (1 Néfi 11:22). Jesus é o  “amor de Deus” (João 3:16), ou seja, a “árvore da vida”.

Perceba que era aceitável para Adão e Eva comerem do fruto da árvore da vida enquanto estivessem guardando os mandamentos, assim como era admissível que participassem da glória de Cristo enquanto estivessem obedecendo aos mandamentos. Então, a pergunta que deve ser feita, é: depois que eles comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, por que Deus colocou os querubins e as espadas flamejantes para proteger o caminho? Como é observado, foi para impedir que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida enquanto estavam sob a maldição do pecado. Além disso, foi para protegê-los da presença direta de Cristo, enquanto estavam em seu estado decaído. Mas colocar querubins tem um significado simbólico e literal.

Luz de Cristo

Chamas provavelmente evocam imagens de santificação ou purificação. No entanto, existem numerosas conotações associadas a este símbolo. As chamas são uma manifestação da natureza divina ou celestial de uma coisa. Representam a santidade, a iluminação, a inspiração, o esclarecimento e a purificação. Para o termo “espada” as interpretações simbólicas normalmente incluem a palavra de Deus, os convênios, mandamentos, ensinamentos e assim por diante. Elas simbolizam o discernimento e o que divide, separa.

De modo curioso, parece haver uma ligação linguística entre estes dois símbolos aparentemente separados e independentes. O linguista e tipologista do início do século XX, Harold Bayley, escreveu:

“O simbolismo da espada como a palavra de Deus é consagrado na palavra Sword ou seja, ‘se-word (palavra)’ ou ‘is-word’ [significando] o Fogo ou a Luz da Palavra. A raiz anglo-saxã da palavra sword (espada), era seax [que significava] ‘o maior de todos os Fogos’. Similarmente a palavra em italiano ‘spada’ se transforma em ‘sepada’ [que traduzido é] o ‘Fogo do Pai Brilhante’, e em alemão ‘sabel’ para o ‘Fogo de Bel’.”

Assim, parece que com a “espada flamejante” temos um símbolo das palavras celestiais e divinamente reveladas, comandos ou convênios usados para discernir, proteger e separar os justos dos desobedientes. Os querubins e as espadas flamejantes em Gênesis e Moisés servem como uma representação daqueles seres que nos testarão sobre as coisas que deveríamos aprender nesta vida para entrar na presença de Deus. Como observado anteriormente, o Presidente Brigham Young afirmou: “Sua investidura é o recebimento de todas as ordenanças da casa do Senhor que são necessárias para que possam, depois de terem deixado esta vida, caminhar de volta à presença do Pai, passando pelos anjos que estão de sentinela. (Diário de Brigham Young, p. 416).”

Da mesma maneira, na seção 132 de Doutrina e Convênios nos é dito que se guardarmos os convênios que fazemos em relação ao casamento eterno, passaremos “pelos anjos e pelos deuses ali colocados, rumo a [nossa] exaltação e glória em todas as coisas, conforme selado sobre [nossa] cabeça.” (D&C 132:19)

A posição desses sentinelas em frente à árvore da vida indica a nossa necessidade de ordenanças e convênios do templo, a fim de voltar à presença do Pai e do Filho — o próprio Jesus sendo a árvore da vida!

Fonte: LDSLiving

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