Ministração: o que fazer quando as pessoas não respondem?
Pode ser desanimador quando as pessoas que somos chamadas a servir parecem não aceitar a nossa ajuda. Podemos nos perguntar “Qual é o objetivo de ministrar e servir?”. Podemos ficar tentados a pensar “Eles não me querem lá e eu não quero ministrar. Então, deixa para lá!”
Por mais tentador que seja, não podemos fugir às nossas responsabilidades de ministrar aos outros, mas existem formas erradas e existem formas mais correta de se servir e ajudar.
O que não fazer na ministração
Quando ainda era uma jovem mãe, fui designada para ministrar uma membro novo da nossa ala. Vamos chamá-la de Tiffany.
Tiffany tinha uma família grande e um coração enorme. Quando se filiou à igreja, sentiu-se como se tivesse encontrado o que faltava durante toda a sua vida. Não muito tempo depois, no entanto, Tiffany e sua família pararam de frequentar a Igreja. Ela nunca deu uma explicação completa sobre o porquê, mas parecia sentir que sua família poderia adorar de igual maneira em casa.
Eu tinha a missão de ajudá-la.
Deixei mensagens sobre a necessidade do Sacramento.
Lembrei de atividades e reuniões todas as semanas.
Eu a visitava em casa com o pretexto de uma visita amigável, mas não iria embora sem compartilhar uma mensagem do evangelho.
Eu era insistente.
Minhas ações eram genuinamente boas para ver que sua família não perdeu o ímpeto e a base no caminho da aliança, mas minha abordagem era brusca e um pouco crítica.
O que tinha começado como uma amizade transformou-se em Tiffany ressentida comigo. Ela se afastou abruptamente e não percebi, até ver ela se afastar. Ela estava decepcionada e um pouco zangada.
Eu pensava que meu dever era simplesmente compartilhar mensagens com ela e que eu estava sendo corajosa e ousada em compartilhá—las, mesmo quando ela realmente não queria ouvi-las.
Na verdade, eu estava servindo a mim mesma, não a Tiffany, e definitivamente não ao Senhor.
O que fazer na ministração
Tiffany e sua família precisavam ser amados e lembrados.
Eu deveria ter ido até ela por amizade genuína e amor não fingido. Devia ter me preocupado mais com as necessidades dela do que com as minhas.
A irmã Joy D. Jones, ex-Presidente Geral da Primária, contou a história de uma vez que ela e o marido receberam uma missão para ministrar a uma família da ala que “não frequentava a igreja havia anos”.
A irmã Jones continuou: “na visita seguinte levamos um prato de cookies, esperando que as gotas de chocolate derretessem o coração deles. Mas não deu certo. O casal nem abriu a porta para falar conosco, deixando claro que não éramos bem-vindos. Ainda assim, ao voltarmos para casa, cogitamos que talvez tivesse sido melhor levar barras de cereais em vez de cookies”.
Somos sempre assim? Focado nos biscoitos e nas guloseimas em vez das necessidades das famílias que visitamos?
Dê-lhes o que eles precisam, não o que você quer
Às vezes, temos uma ideia em nossas cabeças do tipo de ministração que queremos oferecer (biscoitos e guloseimas) sem pensar muito sobre o tipo de ministração que as pessoas precisam.
Talvez para começar, as famílias que estamos tentando alcançar não queiram nos ver, retornar telefonemas ou falar conosco na porta. Talvez, em vez disso, eles gostariam de receber uma carta, uma mensagem de texto amigável ou um serviço prestado. Talvez precisem de ser convidados e incluídos nas oportunidades de serviço aos outros.
Não coloque a ministração em uma caixa. Em vez disso, ore sobre como você pode começar—mesmo de maneiras muito pequenas—a construir um relacionamento.
Uma coisa que pode ajudar é ajustar as expectativas. Talvez enviar um cartão pelo correio, incluindo como você vai entrar em contato com eles. Por exemplo, “vou enviar uma mensagem para que você tenha meu número de telefone”. Quando você gerencia as expectativas e segue seus planos, isso pode gerar confiança.
Lembre-se de quem você realmente está servindo
O rei Benjamim ensinou: “Quando estais a serviço de vosso próximo, estais somente a serviço de vosso Deus” (Mosias 2:17). Se o nosso serviço estiver cheio de amor e gratidão ao Senhor, será mais sincero.
O presidente M. Russell Ballard ensinou: “Só quando amamos a Deus e a Cristo de todo o coração, alma e mente, é que somos capazes de compartilhar esse amor com nossos semelhantes, por meio de atos de bondade e de serviço — da maneira que o Salvador amaria e serviria a todos nós, se estivesse em nosso meio hoje.”
Devemos servir as nossas famílias ministradas com amor cristão. Devemos servi-los e não a nós mesmos, suprindo as suas necessidades, não as nossas necessidades. Devemos lembrar que todo serviço ao próximo é serviço a Deus. Isso purificará nossa intenção e refinará nossas abordagens.
A caridade nunca falha. Em nosso serviço de ministração, se temos amor por Cristo e como Cristo, fizemos o melhor que podemos fazer.
Fonte: LDS Daily