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Anjos da Luva: projeto une Kickboxing e serviço ao próximo

Este artigo foi escrito com base nos relatos de Jane Gleice Medeiros.

Jane é professora de artes marciais há mais de 20 anos e membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias desde 1993. Ela foi missionária entre 2004 e 2006 na Missão Brasil João Pessoa, e atualmente, seu trabalho social com artes marciais tem sido um canal de transformação na vida de muitas crianças e adolescentes.

“Anjos da Luva”

O projeto “Anjos da Luva” nasceu após uma ação do programa “Mãos Que Ajudam”, onde ela e outras irmãs da Sociedade de Socorro participaram de uma atividade em um abrigo no Dia das Crianças. “Senti o desejo de servir de forma mais prática e consistente do que apenas em um dia de festa”, diz Jane.

A partir dessa experiência, ela decidiu oferecer aulas de Capoeira, Muay Thai e Kickboxing de forma gratuita para crianças de 4 a 17 anos. Além das aulas de artes marciais, o projeto “Anjos da Luva” arrecada doações de alimentos, roupas e móveis, que são distribuídos para as famílias das crianças envolvidas.

Atualmente, cerca de 50 crianças participam do projeto, e metade delas compete em torneios locais e nacionais. “Percebi que poderia mudar a vida das crianças e a minha através do serviço ao próximo e da luta”, destaca Jane, reforçando o impacto positivo que seu trabalho tem tido na comunidade.

“Anjos da Luva” e o evangelho de Jesus Cristo

Os princípios do evangelho sempre estiveram presentes no projeto. Uma das maneiras que Jane encontrou de compartilhar sobre Jesus Cristo para seus alunos foi por meio da oração, que é sempre a primeira ação de todas as competições.

Com o crescimento do projeto, ela passou a convidar as crianças e suas famílias para visitarem a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Jane também apresentou o seminário como parte das atividades do projeto.

“O projeto veio ganhando espaço dentro dos lares, e o serviço ao próximo começou a atrair a atenção deles sobre se havia alguma religião envolvida”, diz Jane.

Com o tempo, e com a ajuda das missionárias de sua ala, várias crianças e jovens foram batizados, e até mesmo seus familiares passaram a frequentar a Igreja.

Transformação através do exemplo

A transformação foi evidente, tanto no comportamento das crianças quanto na receptividade das famílias.

“A mudança de comportamento dos jovens que participavam das atividades da Igreja se tornou tão explícita que outros foram sentindo o desejo de mudar também”, conta Jane. O projeto já resultou em 22 batismos, incluindo de uma família que decidiu seguir o exemplo do filho.

Hoje, o projeto está solidificado e continua crescendo, apesar de não contar com apoio financeiro formal.

O próximo grande desafio será representar o Brasil no Campeonato Mundial de Kickboxing, que acontecerá na Argentina em outubro, onde Jane e sua equipe levarão sete atletas, dos quais cinco são membros da Igreja.

Além disso, eles também estão se preparando para o Campeonato Brasileiro de Muay Thai em Cuiabá, em novembro.

“Entre os 7 atletas, apenas 2 ainda não são membros da Igreja”, conta Jane, orgulhosa de como o projeto tem ajudado a fortalecer não apenas o físico, mas também a fé em Jesus Cristo de seus alunos.

Contando as bênçãos

Para Jane, o projeto é uma forma de seguir o exemplo de Jesus Cristo e servir ao próximo. “A maior bênção que eu tenho em minha vida é ter sido escolhida pelo Pai Celestial para ser um instrumento nas mãos Dele”, compartilha ela.

Ela ressalta que o evangelho ensinou os alunos a pensarem no futuro, algo que antes parecia inalcançável devido às dificuldades que enfrentavam.

“A maior bênção é o conhecimento da eternidade e o poder das nossas escolhas”, explica Jane, destacando como os princípios do evangelho têm dado esperança e perspectiva a muitos jovens do projeto “Anjos de Luva”.

Assim Jana compartilha que “se você não vive para servir, você não serve para viver”. Por meio de seu serviço ao próximo e dedicação, Jane continua a impactar vidas e a fortalecer sua própria fé.

Veja também: Meu caminho até o batismo: “E se os ‘mórmons’ me dessem uma entrevista?”

Posto original de Maisfé.org

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