3 maneiras de ser um bom ouvinte
Uma das melhores maneiras de apoiar alguém é ouvindo. Como o Presidente Russell M. Nelson sugeriu “ser ouvido é semelhante a ser amado.”
Nossos entes queridos enfrentarão desafios ao longo da vida. E por amor a eles, podemos sentir uma urgência em tentar resolver seus problemas. Mas, na maioria das vezes, não podemos, as pessoas precisam tomar suas próprias decisões. Uma maneira poderosa de ajudar, no entanto, é aprendendo a realmente ouvir.
Aqui estão três coisas que bons ouvintes sempre fazem.
Ouça para aprender
É importante abordar qualquer conversa com curiosidade genuína e humildade. Mesmo que achemos que sabemos o que aconteceu em uma determinada situação ou como alguém está se sentindo, nossa perspectiva é frequentemente influenciada por nossas próprias experiências e preconceitos.
Nicholas Epley, psicólogo da Universidade de Chicago Booth School of Business, sugeriu que, embora possamos inferir o que outra pessoa pensa, sente ou deseja, essa habilidade de “sexto sentido” é inerentemente limitada e “pode introduzir mais erro do que conhecimento”. Em vez de tentar imaginar o ponto de vista de alguém, ele argumenta que precisamos “obter a perspectiva de outra pessoa em vez de tentar assumi-la”.
“Obter a perspectiva” acontece melhor quando fazemos perguntas diretamente às pessoas e ouvimos atentamente suas respostas. “Se queremos entender o que está na mente do outro, o melhor que nossos sentidos mortais podem fazer pode ser confiar mais em nossos ouvidos do que em nossas inferências”, escreve o Dr. Epley.
Da mesma forma, o Presidente Nelson aconselhou que devemos “aprender a ouvir, depois ouvir para aprender” em nossas conversas uns com os outros e com o Senhor.
Essa abordagem consiste em ouvir mais do que falar, focar no que a outra pessoa está tentando comunicar em vez de planejar nossa resposta e respeitar a experiência de alguém, mesmo que discordemos ou tenhamos dificuldade em nos colocar no lugar dela.
Ouvir para aprender muitas vezes requer fazer perguntas inspiradas, dar às pessoas tempo para falar sem interrupção e evitar fazer suposições ou dar conselhos não solicitados.
Permaneça no momento
Como seres humanos, pode ser fácil deixar nossos pensamentos vagarem durante uma conversa. Podemos nos ver na defensiva ou sentindo raiva, tristeza ou impotência – especialmente quando um ente querido está confidenciando sentimentos, magoas ou compartilhando uma experiência dolorosa.
Mas, independentemente da conversa, bons ouvintes praticam a permanência no presente e regulam seu estado interno. Essa autoconsciência permite que redirecionem sua atenção para a pessoa que está falando e evitem barreiras de conexão.
Permanecer no momento pode se parecer com estar disposto a compartilhar da dor do próximo, mesmo quando sentimos a tentação de aconselhar e procurar o lado positivo.
Cristo demonstrou uma escuta empática quando chorou com Maria após a morte de seu irmão, Lázaro (ver João 11:32–36). Mesmo que Cristo tivesse o poder de ressuscitar Lázaro dos mortos, Ele primeiro deu espaço para o luto de Maria e chorou com ela.
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Ser capaz de permanecer no momento com alguém dessa maneira requer trabalhar nossa própria dor, às vezes fora da conversa. Como escreveram Melinda Wheelwright Brown e Emily C. White:
“A maioria das marés emocionais sobe e desce; algumas ondas duram mais que outras. Às vezes, infundir quietude na angústia de alguém é nosso testemunho mais poderoso de Deus. Isso pode exigir que façamos um trabalho interno sério antes, para que possamos deixar de lado nossos medos e preocupações. Acalmar nossa própria mente nos ajuda a ouvir calmamente o coração de nosso ente querido.”
Além de deixar de lado nossas preocupações, podemos demonstrar nosso amor guardando quaisquer distrações e dando à pessoa toda nossa atenção.
“É nos momentos de silêncio – momentos em que estamos longe de dispositivos, tarefas e pressões – que podemos nos sentir em harmonia com nós mesmos e com Deus”, sugere o ex-presidente geral da Escola Dominical e autor Russell T. Osguthorpe.
Observe com o que não está sendo dito
Sinais não verbais fornecem informações importantes que nos ajudam a realmente ouvir. Palavras nem sempre capturam toda a história, e detalhes como expressões faciais, gestos, postura e tom de voz podem revelar como alguém está se sentindo e o que espera expressar.
Também podemos ajudar o ouvinte a se sentir à vontade e comunicar nosso amor através de nossa linguagem corporal.
“Às vezes, um abraço ou um sorriso podem transmitir seu amor mais do que palavras”, escreveu o conselheiro de casamento e família Mark D. Ogletree.
“Independentemente do tipo de conversa, seja sobre o último artigo de notícias ou suas ambições de vida, uma linguagem corporal positiva pode reforçar a validação e fortalecer seu relacionamento.”
Além das pessoas na conversa, bons ouvintes também sintonizam-se com o Espírito. Se estamos ouvindo alguém e não sabemos a melhor maneira de responder, podemos orar para que a influência do Espírito Santo nos ajude a entender o que a outra pessoa mais precisa naquele momento.
Às vezes, o Espírito Santo pode inspirar o ouvinte a compartilhar pensamentos ou feedback específicos. Outras vezes, a pessoa que está falando pode apenas precisar de um ouvido atento e encorajamento amoroso.
Como a irmã Tamara W. Runia ensinou:
“Antes de interagirmos com um ente querido, podemos nos perguntar: ‘O que estou prestes a fazer ou dizer é útil ou prejudicial?’ (…)
Em raras ocasiões, podemos nos sentir inspirados a corrigir, mas, na maioria das vezes, vamos dizer a nossos entes queridos, com palavras ou não, as mensagens que eles anseiam ouvir: ‘Nossa família se sente inteira e completa porque você é parte dela’. ‘Você será amado pelo resto de sua vida; não importa o que aconteça.’”
Fonte: LDS Living
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Posto original de Maisfé.org