Firmes na fé: O equilíbrio entre a mente e o coração
O artigo a seguir é um trecho do livro “A fé não é cega” escrito pelo Élder Bruce C. Hafen e sua esposa, Marie K. Hafen. “A fé não é cega” oferece novos conceitos e ferramentas que ajudarão você a aprender com experiências difíceis, em vez de se sentir desiludido ou desencorajado por elas. Este livro reconhece os temas complicados do evangelho, mas orienta você clara e graciosamente através dos passos necessários para trabalhar na complexidade, desenvolver um testemunho e preenchê-lo com a fé que vem de conhecer a Deus.
No sexto capítulo do livro, “O paradoxo da mente e do coração”, o casal Hafen compartilha muitas experiências pessoais sobre seus próprios esforços para encontrar a melhor relação entre a fé (o coração) e a razão (a mente) para desenvolver a simplicidade além da complexidade.
Questionamentos religiosos
Por exemplo, enquanto era estudante, o Élder Hafen se perguntava se deveria confiar unicamente na autoridade eclesiástica e na orientação espiritual para tomar cada uma de suas decisões, ou se deveria encontrar suas próprias respostas utilizando, sobretudo, sua mente.
Então ele começou a avaliar os vários pontos de vista de seus mentores sobre esta questão, como seus professores do ensino médio, seminário, universidade e seu presidente de missão. Ele escreveu,
“Aproximei-me de alguns professores universitários santos dos últimos dias exemplares e que me motivavam a estudar. Um deles me disse que J. Golden Kimball havia afirmado que não podemos esperar que o Espírito Santo pense por nós mesmos.”
“No entanto, meu professor de piano do ensino médio, Reid Nibley, também me ensinou que mais sensibilidade na música elevaria minha sensibilidade espiritual, enfatizando que o Senhor nos deu a natureza e as artes “para alegrar o coração e para avivar a alma” (D&C 59:18–19).”
“Meu presidente de missão, a quem eu amava e admirava, apresentou-me a doutrina de conhecer o Senhor e a doutrina de confiar no Espírito. Passei a valorizar essas doutrinas quando vi seus frutos no trabalho missionário. Ele costumava dizer: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.” (Provérbios 3:5). Ele enfatizava a confiança total de Cristo no Pai: “O Pai, que está em mim, é quem faz as obras.” (João 14:10).“
O “questionamento religioso” do Élder Hafen após sua missão foi devido à confusão que ele sentiu ao tentar conciliar os diferentes pontos de vista de seus mentores. No entanto, graças ao seu professor de religião na Universidade, West Belnap, ele conseguiu entender que, para desenvolver melhor sua fé, ele precisava de um equilíbrio simples entre sua mente e seu coração.
Adotar essa atitude o ajudou a rejeitar uma abordagem “radical”. Assim, ele avaliou seu “questionamento religioso” dos extremos conservador e liberal do espectro.
O equilíbrio entre a razão e a fé
Por exemplo, o Élder Hafen testemunhou o extremo conservador da religiosidade quando foi chamado como companheiro de missão de estaca de alguém que tinha certeza de que o Espírito Santo quase constantemente sussurrava para ele, até os detalhes de seus pensamentos e decisões.
Alguns anos depois, esse irmão chegou à conclusão de que a Igreja estava errada e que Deus o havia chamado para “reformar” a restauração. Por fim, sua tendência a “ultrapassar os limites” resultou em múltiplas tragédias para ele, sua família e seus seguidores.
Tempos depois, o Élder Hafen foi chamado como conselheiro dos bispos de duas alas para jovens adultos solteiros. Esses bispos eram muito diferentes, ilustrando o amplo espectro de personalidades e atitudes que encontramos entre os líderes da Igreja.
Um deles era muito autoritário, rígido e desconfiava das disciplinas acadêmicas. O outro estava no outro extremo do espectro: era um livre pensador, puramente analítico e acadêmico. Mas, às vezes, sua abordagem independente e acadêmica o levava a questionar as decisões da Primeira Presidência se não pudessem lhe dar razões para concordar.
Essas experiências reforçaram a inclinação do Élder Hafen de buscar o que ele chamaria simplesmente de abordagem equilibrada. Ele não precisava mais fazer uma escolha permanente entre seu coração e sua mente. Ele descobriu que sua cabeça (a razão) lhe dava o senso comum necessário para não cair no extremo profundo do radicalismo espiritual. Ao mesmo tempo, seu coração (fé) o ajudava a confiar em Deus o suficiente para não cair no outro extremo do radicalismo intelectual.
Esse equilíbrio oferecia-lhe uma estrutura útil para resolver a tensão entre princípios conflitantes.
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