Por que só homens podem distribuir o sacramento?

Eu tenho uma pergunta sobre mulheres e o sacerdócio. Uma amiga postou seu desagrado por uma citação recente a respeito das mulheres e o poder do sacerdócio. Os comentários foram uma loucura, para dizer o mínimo, coisas sobre igualdade, poder e patriarcado.

Uma irmã respondeu a uma pergunta sobre mudanças que podemos fazer para garantir que somos iguais, e uma das coisas que ela mencionou foi deixar as jovens distribuírem o sacramento. Eu pesquisei, mas qual a diferença entre homens e mulheres? Por que elas não distribuir?

Resposta:

Esta é uma pergunta muito boa. E a resposta pode não ser tão clara quanto gostaríamos. Mas vou fazer o meu melhor para compartilhar minha interpretação. A orientação que temos da revelação moderna diz:

“O dever do sacerdote é pregar, ensinar, explicar, exortar, batizar e administrar o sacramento.”

E notamos os deveres de um diácono mais abaixo na página:

“E deve ser auxiliado sempre, em todos os seus deveres na igreja, pelos diáconos, se a ocasião o exigir.

Mas nem os mestres nem os diáconos têm autoridade para batizar, administrar o sacramento ou impor as mãos.”

Então, é interessante que as escrituras digam que os mestres e diáconos não têm autoridade para administrar o sacramento. No entanto, parece que achamos que eles têm. Por quê?

Como é falado no versículo 58, a palavra administrar se aplicaria apenas à bênção do sacramento, não ao serviço do mesmo.

Um dever para diáconos e mestres

Então, se não está especificamente delineado nas escrituras, por que é um dever específico para diáconos e mestres? Por que as mulheres não podem servir as bandejas como os diáconos fazem?

O fato é que, em outro tempo e outro lugar, pode ser permitido que as mulheres sirvam o sacramento.

Por exemplo, duvido que alguém fizesse alarde se uma irmã sentada naqueles bancos longos se levantasse para passar o sacramento para uma pessoa sentada na outra ponta do banco. Isso é fisicamente a mesma coisa que um diácono entregando-o à primeira pessoa na ponta de um banco.

Presidente Heber J. Grant escreveu a um presidente de missão sobre o assunto em 1928:

“Não há regra na Igreja que exija que apenas portadores do sacerdócio possam levar o sacramento à congregação após ser abençoado. Embora seja costume, isso não invalidaria de forma alguma a ordenança se fosse realizada por quaisquer outros santos dignos na ausência de rapazes ordenados.”

No entanto, a sabedoria predominante é que o serviço formal do sacramento é usado pela Igreja do Senhor para treinar os jovens a honrar seu sacerdócio.

Um dia, eles serão os que estarão sentados atrás da mesa, em vez de ficarem na frente dela. Eles precisam entender o que aquela oração significa para compreender seus deveres em relação àquela oração, ou ao administrá-la.

Assim, eles têm um período de treinamento onde aprendem especificamente a participar de uma responsabilidade do sacerdócio com dignidade e respeito. Hoje em dia, isso é especialmente importante, quando os jovens têm poucas oportunidades de respeitar e honrar coisas sagradas.

Responsabilidades do sacerdócio

Portanto, o passar do sacramento, como os diáconos fazem, não foi especificamente prescrito como uma função “somente do sacerdócio”. Mas nossa prática atual é permitir que os jovens aprendam quais são as responsabilidades do sacerdócio que portam.

Por que o sacramento? Isso remonta ao significado original da palavra “diácono”. A palavra grega para diácono (δῐήκονος / diakonos) significa servo – especificamente aquele que ajuda os outros a obterem o básico para viver (comida, roupa, etc).

Na verdade, em um sentido não eclesiástico, é sinônimo de “garçom/servo”. Então, se você serve às mesas (ou aos bancos da igreja), você é um diácono, assim como um garçom traria a comida da cozinha para a mesa. Você não é o garçom se apenas estiver passando uma bandeja ao redor da mesa.

Mas, no contexto de servir o sacramento, vemos que o ato físico é emblemático do espiritual. O diácono está servindo o pão da vida e a água viva de Cristo como nosso sustento espiritual. Não consigo pensar em um dever mais apropriado para um diácono, no verdadeiro sentido da palavra.

Diferenças entre homens e mulheres

Agora para a sua última pergunta. Qual é a diferença entre homens e mulheres a ponto de os homens terem responsabilidades do sacerdócio onde as mulheres não têm?

Para essa resposta, darei minha opinião pessoal, e não a palavra revelada. Então, se você concordar, sinto-me livre para fazer meus comentários.

Em minha experiência pessoal, homens e mulheres têm disposições muito diferentes quando se trata de deveres e coisas sagradas.

É da natureza e disposição de quase todas as mulheres querer participar de tudo. Elas estão dispostas a fazer o que precisam fazer, sempre.

Entretanto, é da natureza e disposição de quase todos os homens procurar o que é necessário e apenas participar daquelas funções onde realmente podem preencher as lacunas. Eles precisam sentir que vão fazer a diferença.

Se algo já parece estar cuidado, por que se incomodar? Na verdade, eles podem nem considerar isso importante. Se outra pessoa já está cuidando, então está resolvido.

Então, as mulheres veem que o sacerdócio já está sendo servido por homens/rapazes e se perguntam por que não podem fazer isso. Elas anseiam pelo sacramento e entendem a importância dele. Elas desejam poder fazer isso elas mesmas.

Se os papéis fossem invertidos, os homens veriam as mulheres preenchendo todas essas funções e ficariam gratos por aquilo. E eles nem considerariam a natureza sagrada de algumas dessas funções. A ordenança seria perdida para eles.

Há outras maneiras que jovens e mulheres podem ajudar que não são necessariamente “deveres do sacerdócio”, Veja abaixo algumas sugestões:

• Guardar todas as cadeiras após um evento, festival, baile;
• Ajudar uma família em uma mudanças de residência;
• Servir como recepcionista nas reuniões sacramentais;
• Apoiar portadores do sacerdócio em seus deveres.

O que mais você adicionaria a esta lista? Deixe nos comentários.

Fonte: Ask Gramps

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Posto original de Maisfé.org