Uma maneira simples de se conectar a Cristo hoje

13 de janeiro de 2025 Redação

Existe uma diferença entre acreditar no poder expiatório de Jesus Cristo e realmente senti-lo em nossas vidas.

Para mim, a meditação tem sido inestimável para entender o papel de Cristo como meu Salvador pessoal. Aqui está uma prática de meditação e alguns insights que me permitiram experimentar Sua graça de maneira mais tangível.

Oração meditativa

Uma prática que mudou a maneira como sinto o amor do meu Salvador é a oração meditativa — uma forma simbólica de entregar meus pensamentos ansiosos ao Senhor.

Como o Bispo L. Todd Budge compartilhou na conferência geral de outubro de 2024:

“Aquietar-se… requer mais do que apenas reservar um tempo para o Senhor; exige abandonar nossos pensamentos de dúvida e de medo e concentrar Nele o coração e a mente.”

Experimentei essa forma de oração meditativa durante um período difícil na minha missão. Uma noite, ao lidar com pensamentos intrusivos e sentimentos de inadequação, encontrei a escritura Alma 42:29:

“E agora, meu filho, eu desejo que não te preocupes mais com essas coisas e que deixes apenas teus pecados te preocuparem, com aquela preocupação que te levará ao arrependimento..”

Essa escritura me fez entender que eu não precisava me redimir dos meus pensamentos ansiosos e imperfeições — essa não era minha função. Meu papel era focar no Redentor, arrepender-me do que eu podia mudar e confiar em Sua graça para cuidar do restante.

Naquela noite, ajoelhei-me e pedi a Deus que me ajudasse a sentir o poder expiatório do Salvador, entregando simbolicamente a Ele minhas cargas mentais e confiando que Ele poderia lidar com elas. Enquanto orava em silêncio, visualizei Cristo levando meus pensamentos ansiosos, um por um, e senti um calor reconfortante envolvendo minha mente e coração.

Embora sentimentos espirituais dramáticos como esse sejam raros para mim, praticar esse tipo de oração meditativa ainda me traz uma sensação tranquila de paz mesmo anos depois.

Abraçando o ciclo

Outro princípio consolador que aprendi é que é normal nem sempre sentir-se conectado a Cristo. Na verdade, o processo de buscá-Lo e encontrar Sua paz repetidamente pode nos aproximar ainda mais Dele.

Parte de ser humano é ter corações e mentes propensos a se desviar. Vivemos em um mundo cheio de distrações, o que torna difícil filtrar o ruído e “recordá-lo sempre”

Mas, assim como não devemos sentir vergonha ao precisar mudar e nos arrepender, também não devemos sentir culpa quando lutamos para permanecer no momento presente. Em vez disso, podemos escolher retornar nosso foco a Cristo.

A psicóloga e autora Carrie Skarda explica que abraçar esse ciclo contínuo foi crucial para melhorar seu relacionamento com o Senhor:

“A meditação… não é sobre estar constantemente relaxado — é sobre perceber quando estamos nos distraindo e, então, voltar ao momento presente.

“E esse conceito tem sido muito útil para mim em minhas práticas espirituais dentro de nossa fé. Eu posso perceber: ‘Não fiz uma oração sincera ou li minhas escrituras há semanas.’ Posso reconhecer isso e voltar. E isso não é fracassar.

“Esse é o ciclo da meditação, e essa é a prática da vida religiosa: reconhecer e voltar. Definir isso não como um fracasso, mas como parte da prática, foi muito libertador para mim.”

Assim como Carrie, a meditação me ajuda a perceber meus ciclos humanos com mais compaixão e clareza. Quando sinto que estou distante de Cristo ou espiritualmente aquém do que gostaria, tento usar esse reconhecimento como uma oportunidade de avançar e voltar a Ele. O Bispo Budge ensinou:

“O evangelho de Jesus Cristo nos dá oportunidades de nos voltarmos a Ele frequentemente. Essas oportunidades incluem orações diárias, o estudo das escrituras, a ordenança do sacramento, o Dia do Senhor e a adoração no templo.”

Redefinindo Barreiras

Talvez nossa tendência de nos afastar do Senhor não precise ser uma barreira. Em vez disso, pode ser um convite para fortalecer nossa conexão com Ele — para escolher Cristo, repetidamente. Como sugere um livro sobre mindfulness para santos dos últimos dias:

“É aqui e agora — em nossas bagunças — onde podemos encontrá-Lo, com cada momento potencialmente se tornando um de reconciliação, reencontro e recomeço: cada inspiração, um novo começo… cada expiração, um completo abandono.”

Cristo não é apenas o Salvador do mundo, mas também nosso Salvador e Redentor pessoal. Ele nos ajudará a saber como fortalecer nossa relação de convênio com Ele, e podemos sentir Sua graça em nossa própria alma — não apenas após esta vida, mas hoje.

Como Ele nos aconselhou em Doutrina e Convênios 88:63: