Élder Cook fala sobre liberdade religiosa e moralidade pública

O Élder Quentin L. Cook, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, foi o orador principal de um evento na Pembroke College, na Universidade de Oxford, Inglaterra. Ele falou para um público de 140 pessoas que incluíam estudiosos, e formadores de opinião. Em seu discurso intitulado “O impacto da liberdade religiosa e da moralidade pública” ele disse:

“Estou particularmente preocupado que a liberdade religiosa e que a consciência religiosa sejam protegidas, e que a moralidade pública baseada em crenças religiosas, possa ser questionada em praça pública.”

Ele explicou:

“Vivemos em uma época onde uma porção significante da nossa herança moral além de não ser apreciada, em muitos casos é incompreendida ou até mesmo dispensada, e quase que  desprezada.”

O apóstolo sênior, e advogado por profissão, expressou a sua preocupação de que “algumas das proteções, contidas em várias constituições que emanam de valores morais históricos, têm sido erodidas ou prejudicadas.”

O Élder Cook citou vários estudiosos que acreditam que muitas universidades, incluindo aquelas fundadas por instituições religiosas, estão se tornando mais seculares. Ele declarou:

“Me preocupa profundamente que a fé, a prestação de contas a Deus, e o impulso religioso, sejam frequentemente vistos como antiéticos para atividades acadêmicas sérias.”

“Acredito que algumas instituições abandonaram o alto nível moral básico, que dá significado a essa vida e que tem guiado civilizações por séculos.”

A tradição cristã

O Élder Cook, destacou a progressão de princípios básicos que estabeleceram a liberdade religiosa. Ele disse que a Carta Magna, estabelecida na tradição cristã a mais de 800 anos atrás, “serviu como um importante precursor para as amplas proteções da liberdade religiosa, que deu frutos séculos depois em democracias liberais, descendentes do Império Britânico.”

A linguagem da Carta Magna foi adotada pelas colônias que se tornaram os Estados Unidos, na Declaração da Independência. O Élder Cook disse:

“O conceito de que ‘todos os homens são criados em igualdade’ foi um passo significativo, mas como vou recontar, ainda há muito a ser conquistado.”

“A lei natural ou a crença de que temos responsabilidades perante Deus, não está na moda na maior parte do mundo hoje,” ele continuo.

Apoio à liberdade religiosa

O Élder Cook disse ao público que os cidadãos ingleses e americanos devem continuar a “promulgar a liberdade religiosa ao redor do mundo.” Ele enfatizou:

“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias apoia a liberdade religiosa de todas as crenças, assim como daqueles que não têm religião.”

Ele concluiu ao destacar a necessidade urgente de demonstrar a perseverança do valor da fé.

“Aqueles que se sentem responsáveis perante Deus, têm a responsabilidade de viver vidas retas de serviço a Deus, a nossos companheiros, de obedecer a lei, e de ser bons cidadãos, vizinhos e amigos, em tudo o que fazemos. Agindo desta maneira, outros cidadãos e líderes governamentais também estarão mais inclinados a enxergar o valor da religião e a respeitar os princípios básicos que nos permitem viver livremente.”

O evento realizado em Oxford, foi co-patrocinado pelo Quill Project, sediado na Pembroke College, e pelo Centro Internacional de Estudos de Direito e Religião da BYU.

O painel foi apresentado pelo Dr. Nicholas Cole, que dirige o Quill Project e é pesquisador sênior da Pembroke College, e presidido pelo Dr. Dominic Burbidge, conferencista estipendiário em política na St. Peter’s College e diretor do Canterbury Institute.

Os participantes do painel incluíram a professora Stephanie Barclay, da BYU Law School, o Dr. Rodney K. Smith, diretor do Centro de Estudos Constitucionais da Universidade de Utah Valley e o Reverendo Dr. Andrew Teal, capelão, associado e professor de Teologia na Pembroke College, Oxford.

Oxford é uma das mais antigas universidades do mundo, e tem sediado grandes eventos na história cristã, o que inclui a campanha feita por John Wycliffe, para que fosse feita a tradução da bíblia para a língua inglesa.

Fonte: www.mormonnewsroom.org.uk