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A história dos mórmons na Bélgica

Hoje, o Brasil joga contra a Bélgica pelas Quartas de final da Copa do Mundo de 2018. Além de ter um chocolate mundialmente conhecido, o que mais você sabe sobre a Bélgica?

Vamos começar pelo futebol…

A Seleção Belga de Futebol representa a Bélgica nas competições de futebol da FIFA e é organizada pela Federação Belga de Futebol.

A primeira partida da seleção belga foi disputada em 1 de Maio de 1904, com um empate de 3 a 3 contra a França. De início, a equipe contou com ajuda de alguns jogadores ingleses, fazendo com que estas partidas não fossem consideradas. Em 28 de Abril de 1901, o time havia batido Países Baixos por 8 a 0.

A equipe recebeu o apelido de Os Diabos Vermelhos do jornalista Pierre Walckiers em 1906, após vitória por 3 a 2 contra Países Baixos em Roterdã.

A Bélgica esteve presente em onze mundiais, sendo que sua melhor classificação se deu em 1986, no México, quando alcançou o quarto lugar. Na Eurocopa, o melhor desempenho foi o vice-campeonato em 1980.

Nas Olimpíadas de 1900, a Bélgica foi representada pela Université de Bruxelles e conquistou a medalha de bronze. Na edição de 1920 do torneio, a seleção disputou o campeonato e venceu, conquistando a medalha de ouro. Atualmente, tem a considerada “geração de ouro” da Bélgica. Na Copa do Mundo de 2002, após campanha regular, caiu contra o Brasil em uma das maiores controvérsias em Copas do Mundo na anulação do gol legítimo de Marc Wilmots, onde o árbitro inexplicavelmente marcou falta em cima do então zagueiro brasileiro Roque Júnior.

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, ganhou quase todos os jogos, pois empatou apenas dois e não perdeu nenhum. Na Copa de 2014 fez uma boa campanha chegando as Quartas de final e caindo para a Argentina, até então havia vencido 4 partidas, algo até então inédito para a Bélgica, como é uma seleção muito jovem. Desde então tem seguido promissora para os próximos anos.

Nos jogos pela Copa do Mundo de 2018 a Bélgica já jogou com grandes países. Na fase de grupos, venceu o Panamá por 3 a 0, goleou contra a Tunísia conquistando 5 a 2 e ganhou da Inglaterra de 1 a 0. Nas oitavas de final venceu o Japão de 3 a 2. E hoje jogará contra o Brasil! Será que os belgas darão tchau para a Copa?

Um pouco mais sobre a Bélgica

Bélgica, oficialmente Reino da Bélgica (em neerlandês: Koninkrijk België, em francês: Royaume de Belgique, em alemão: Königreich Belgien), é um país situado na Europa ocidental. É um dos membros fundadores da União Europeia (UE), inclusive hospedando a sede, bem como as de outras grandes organizações internacionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A Bélgica tem uma área de 30.528 quilômetros quadrados e uma população de cerca de 10,7 milhões de habitantes.

Ocupando a fronteira cultural entre a Europa germânica e a Europa latina, a Bélgica é basicamente constituída por dois grupos linguísticos: os flamengos, falantes do holandês, e os valões, que falam francês, além de um pequeno grupo de pessoas que falam a língua alemã. As duas maiores regiões da Bélgica são a região de língua holandesa de Flandres, no norte, com 59% da população e a região francófona da Valônia, no sul, habitada por 31% dos belgas. A Região de Bruxelas, oficialmente bilíngue, é um enclave de maioria francófona na Região flamenga e tem 10% da população. Uma pequena comunidade de língua alemã existe no leste da Valônia. A diversidade linguística da Bélgica e conflitos políticos e culturais são refletidos na história política e no complexo sistema de governo do país.

O nome “Bélgica” é derivado de Gália Belga, uma província romana na parte setentrional da Gália, que era habitada pelos belgas, uma mistura de povos Celtas e Germânicos. Historicamente, Bélgica, Holanda e Luxemburgo eram conhecidos como os Países Baixos, nome utilizado para designar uma área um pouco maior do que o atual grupo de países chamado Benelux. Do final da Idade Média até o século XVII, o país era um próspero centro de comércio e cultura. A partir do século XVI até a Revolução Belga em 1830, muitas batalhas entre as potências europeias foram travadas na área da atual Bélgica, fazendo com que o país fosse apelidado de “campo de batalha da Europa”, reputação reforçada pelas duas Guerras Mundiais.

Após a sua independência, a Bélgica logo participou da Revolução Industrial e, no final do século XIX, possuía várias colônias na África. A segunda metade do século XX foi marcada pela ascensão de conflitos comunais entre os flamengos e os francófonos, alimentados por diferenças culturais e por uma evolução econômica assimétrica entre os Flandres e a Valônia. Estes conflitos, ainda ativos, têm causado profundas reformas do Estado unitário ex-belga para um estado federal.

3 idiomas oficiais

A Bélgica tem três idiomas oficiais, que estão na ordem da população falante nativa na Bélgica: o neerlandês, francês e alemão. Um certo número de línguas minoritárias não oficiais são faladas também.

Como não existe censo, não existem dados estatísticos oficiais sobre a distribuição ou o uso das três línguas oficiais da Bélgica ou de seus dialetos. No entanto, vários critérios, incluindo a língua(s) dos pais, da educação, ou do estatuto de segunda língua de origem estrangeira, podem fornecer valores sugeridos. Uma estimativa de 59%  da população belga fala holandês (muitas vezes coloquialmente referido como “Flamengo”) e o francês é falado por 40% da população. O total de falantes do holandês é de 6,23 milhões, concentrados na região de Flandres no norte, enquanto os falantes de francês compreendem 3,32 milhões na Valônia. A Comunidade de língua alemã é composta de 73.000 pessoas no leste da Região da Valônia, cerca de 10.000 alemães e 60.000 cidadãos belgas são falantes do alemão. Cerca de 23 mil falantes do alemão vivem em municípios próximos a comunidade oficial germanófona.

Tanto o Francês Belga quanto o Holandês Belga têm diferenças menores em nuances de vocabulário e semântica das variedades faladas, respectivamente, na Holanda e na França. Muitas pessoas ainda falam dialetos flamengos em seu ambiente local. Dialetos da região da Valônia, juntamente com a língua picarda, não são utilizados na vida pública.

Culinária

Muitos restaurantes belgas altamente renomados podem ser encontrados nos mais influentes guias de restaurantes, como o Guia Michelin. A Bélgica é famosa pela cerveja, chocolate, waffles e batatas fritas com maionese. As batatas fritas originaram-se na Bélgica, embora seu exato lugar de origem ainda seja incerto. Os pratos nacionais são “bife e batatas fritas com salada” e “mexilhões com batatas fritas”.

Marcas de chocolate e bombons belgas, como Côte d’Or, Neuhaus, Leonidas e Godiva são famosas, assim como seus produtores independentes, como Burie e Del Rey, na Antuérpia, e de Mary’s, em Bruxelas.

Religião

Desde a independência do país, o catolicismo romano, contrabalançado por fortes movimentos de pensamento livre, teve um papel importante na política da Bélgica. No entanto a Bélgica é, em grande parte, um país secular e, como previsto na constituição, laico com liberdade de religião, e o governo geralmente respeita este direito na prática. Durante o reinado de Alberto I e Balduíno, a monarquia teve o catolicismo profundamente enraizado.

Simbólica e materialmente, a Igreja Católica permanece em uma posição favorável. O conceito belga de “religiões reconhecidas”, define um caminho para o islã para adquirir o tratamento das religiões judaica e protestante. Enquanto outras religiões minoritárias, como o hinduísmo, ainda não têm esse estatuto, o budismo deu os primeiros passos em direção ao reconhecimento legal em 2007. De acordo com a pesquisa 2001 Survey and Study of Religion, 47% da população se identificou como pertencente à Igreja Católica, enquanto que o Islã é a segunda maior religião, com 3,5%. Uma pesquisa de 2006 considerou a região dos Flandres mais religiosa do que a Valônia, sendo que 55% dos entrevistados se consideravam religiosos e 36% acreditavam que Deus criou o mundo.

Segundo pesquisa do Eurobarômetro, em 2005, 43% de cidadãos belgas responderam que “acreditam que existe um Deus”, enquanto 29% responderam que “acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital” e 27% disseram que “não acreditam que haja algum tipo de espírito, Deus ou força vital”.

Uma estimativa de 2008 mostrou  que 6% da população belga, cerca de 628.751 pessoas, é muçulmana (98% sunitas). Os muçulmanos constituem 25,5% da população de Bruxelas, 4,0% dos habitantes da Valônia e 3,9% dos Flandres. A maioria dos muçulmanos belgas vivem nas grandes cidades, como Antuérpia, Bruxelas e Charleroi. Os marroquinos são o maior grupo de imigrantes na Bélgica, com 264.974 pessoas. Os turcos são o terceiro maior grupo e, o segundo maior grupo étnico muçulmano, com 159.336 pessoas. Além disso, cerca de 10.000 sikhs(adeptos ao siquismo) também estão presentes na Bélgica.

E quanto aos mórmons na Bélgica?

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias na Bélgica

Um converso na Turquia, Mischa Markow, é provavelmente o primeiro membro da Igreja a chegar à Bélgica, em 1888. Ensina uma família de nome Esselman e batiza a mãe e o filho. Os outros quatro membros da família viriam a ser batizados mais tarde. Missionários vindos da Suíça e Alemanha são enviados para a Bélgica. Em dois meses, havia batizado 80 pessoas, organizando congregações em Liège, Bruxelas e Antuérpia. Em 1896, uma multidão de 500 pessoas em fúria ameaça matar um dos missionários, o Elder John Ripplinger, em Liège. A casa dele foi invadida, mas a multidão foi dispersa a tempo pela polícia. O Elder Ripplinger manteve-se na cidade e batizou mais 10 pessoas.

Nos primeiros anos, a Igreja teve as reuniões em salas alugadas. As primeiras capelas a serem construídas de raiz para os membros de língua francesa, foram nas cidades de Liège, Seraing e Herstal.

Foram todas completadas na década de 1930. A capela de Herstal é dedicada em 1937 por Heber J. Grant, Presidente da Igreja. A visita seguinte de um Presidente da Igreja acontece em Junho de 1996, quando o então Presidente Gordon B. Hinckley se dirigiu aos membros e aos missionários.

Durante a ocupação pela Alemanha durante a 2ª Guerra Mundial, os membros nos seis ramos (pequenas congregações) mantiveram-se ativos. O trabalho progrediu lentamente após a Guerra.

Atualmente o total de membros da Igreja é de 6556 pessoas, muitas delas da segunda, terceira e quarta geração de membros da Igreja. Os membros na Bélgica estão organizados em 11 congregações. Estes locais servem para as atividades da Igreja de todo o tipo. Para além das reuniões sacramentais, classes de primária para as crianças, reuniões para rapazes e moças, também existem atividades desportivas, tais como tênis de mesa, basquetebol e voleibol. Também se realizam nas capelas eventos culturais, como bailes e apresentação de teatro e musicais.

São ensinados ideais elevados, com uma ênfase forte na vida familiar, abstinência de álcool e tabaco e um compromisso com altos padrões morais que caracterizam as crenças dos Santos dos Últimos Dias. Os que se convertem ao evangelho vêm de faixas etárias e de grupos socioeconômicos muito diversos.

Esforços humanitários totalizando milhões de euros foram doados em todo o mundo. O auxílio é prestado independentemente da raça, nacionalidade ou religião. Alimentos, roupas, suprimentos médicos e ajuda econômica continuam a aliviar o sofrimento dos que nada têm. As nações europeias e, mais recentemente, os países do Leste da Europa, têm recebido um apoio especial.

Em Junho de 1998 o renomado Coro do Tabernáculo Mórmon atuou em Bruxelas, num espetáculo que foi gravado pela Rádio e Televisão da Bélgica, para ser retransmitido.

Há também na Bélgica 8 Centros de História da Família.

Esperamos que o Evangelho possa continuar a abençoar a vida de nossos irmãos belgas, mas no esporte, esperamos que o Brasil se sobressaia!

Fonte: Mormon Newsroom

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