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Por que a coligação de Israel é tão importante?

Este artigo é um trecho de “The Second Coming of the Lord” (A Segunda Vinda do Senhor) escrito pelo Élder Gerald N. Lund.

Um devocional mundial para os jovens ocorreu apenas três meses após o Presidente Nelson ter sido apoiado como o décimo sétimo Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Apesar de ter sido direcionado para a juventude da Igreja, todos estavam bem animados para a transmissão, e eu queria ouvir o que o Presidente Nelson tinha a dizer.

Depois de algumas observações e boas-vindas, ele desafiou os jovens a fazer “o trabalho espiritual necessário” que traria revelação pessoal. Mas o que veio a seguir me surpreendeu um pouco. “Hoje gostaríamos de falar sobre o maior desafio, a maior causa e o maior trabalho que está sendo realizado na Terra. E queremos convidar vocês a fazerem parte disso!” (“Juventude da Promessa“, Devocional Mundial para Jovens, 3 de junho de 2018). O Presidente Nelson falou sobre o tema da reunião, e o que ele disse me pegou completamente de surpresa.

Ele começou com: “Esses certamente são os últimos dias e o Senhor está apressando Sua obra para coligar Israel.” O que veio a seguir foi impressionante. “Essa coligação é a coisa mais importante que está acontecendo na Terra hoje em dia. Nada se compara em grandeza, em importância e em majestade.”

Lembro-me de pensar: “ele está falando com os jovens da Igreja sobre a coligação de Israel? É um tema bastante maduro para adultos, muito mais para jovens com 12 e 13 anos.” Afastei esses pensamentos e escutei atentamente enquanto ele continuava e perguntava se eles gostariam de fazer parte do trabalho de coligação. Ao concluir suas observações, enfatizou mais uma vez a importância de seu tema:

“Meus queridos e extraordinários jovens, vocês foram enviados à Terra nesta época específica, a época mais importante da história do mundo, a fim de ajudarem na coligação de Israel! Não há nada acontecendo neste momento na Terra que seja mais importante do que isso. Não há nada que tenha maior consequência. Absolutamente nada.”

A minha mente estava com um turbilhão de ideias quando o Presidente Nelson terminou de falar. Eu sabia que a coligação de Israel era importante, mas nada corresponde em magnitude, importância, majestade e consequência? Eu sabia que era importante, mas é a coisa mais importante de todas? E a Expiação? E o trabalho missionário? E quanto aos templos e as ordenanças feitas lá dentro? Essas coisas não são todas mais importantes do que a coligação de Israel?

Mas então eu me perguntei novamente: “mais importante do que a Expiação?” Claro que não – não no âmbito eterno das coisas. Mas o Presidente Nelson não disse isso. Ele disse que a coligação de Israel era a coisa mais importante acontecendo na terra agora. E por que é que é mais importante do que qualquer outra coisa? Porque só quando as pessoas se reúnem em convênio é que a Expiação se torna uma realidade em suas vidas. Mais importante do que o trabalho missionário? Claro! Todo o propósito do trabalho missionário é convidar as pessoas a fazer convênios. E isso é verdade em ambos os lados do véu. Quando o consideramos que cada doutrina, cada princípio, cada parte da organização da Igreja, cada bênção do evangelho não fará nenhum bem às pessoas do mundo até que estejam coligadas na igreja onde encontrarão essas doutrinas, onde terão acesso a essas ordenanças, e onde poderão se tornar o verdadeiro povo do convênio do Senhor.

Aquela noite foi um momento de aprendizagem maravilhoso para mim. Eu tinha aprendido algo profundo que eu não tinha considerado antes. A coligação de Israel é de suma importância em nossa tarefa de preparar a Igreja e o mundo para a Segunda Vinda de Jesus Cristo, precisamente porque é assim que as pessoas entram no convênio, para que possam desfrutar de todas as bênçãos do evangelho.

Trazer os filhos de Abraão de volta ao rebanho

Russell M. Nelson não é o único profeta que sugeriu que a coligação de Israel é uma das maiores coisas que estão acontecendo. Nós citamos anteriormente o profeta Jeremias, que disse que viria o dia em que não mais falaríamos sobre o dia em que Moisés tirou Israel do Egito, mas que falaríamos do Senhor que está trazendo de volta as dez tribos do norte (veja Jeremias 16:14-15). Ele então descreveu como era possível que o retorno de Israel pudesse ser tão importante:

“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um novo convênio com a casa de Israel e com a casa de Judá: Não conforme o convênio que fiz com seus pais […] porque eles invalidaram o meu convênio […] Mas este é o convênio que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e lhes serei por Deus, e eles me serão por povo (Jeremias 31:31-33).”

Este último versículo é uma descrição maravilhosa da verdadeira Israel, a Israel do convênio.

Ezequiel, um contemporâneo de Jeremias, que foi levado cativo para a Babilônia, também descreveu a coligação em nosso tempo:

“Hei de ajuntar-vos dentre os povos, e vos recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos darei a terra de Israel […] E lhes darei um só coração, e novo espírito porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne. Para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; e eles me serão por povo, e eu lhes serei por Deus (Ezequiel 11:17, 19-20).”

Enquanto o Senhor ressuscitado estava visitando os nefitas na América, Ele também falou da coligação como o tempo em que uma Israel renovada, um povo do convênio, voltaria, incluindo os descendentes do Pai Leí:

“E lembrar-me-ei do convênio que fiz com meu povo; e com eles fiz o convênio de que os reuniria em meu próprio e devido tempo, que novamente lhes daria a terra de seus pais como herança, a qual é a terra de Jerusalém, terra que lhes foi prometida para sempre, diz o Pai. E eis que chegará o dia em que a plenitude do meu evangelho lhes será pregada. E crerão em mim, que eu sou Jesus Cristo, o Filho de Deus; e orarão ao Pai em meu nome […] Em verdade vos digo que vos dou um sinal, a fim de que saibais a hora em que estas coisas estarão prestes a suceder — quando, de sua longa dispersão, reunirei meu povo, ó casa de Israel, e estabelecerei novamente no meio deles minha Sião (3 Néfi 20:29-31; 21:1).”

Quatro meses depois do Presidente e a Irmã Nelson falarem aos jovens da Igreja, o Presidente Nelson voltou a falar da coligação de Israel, desta vez na sessão de mulheres da conferência geral:

“A coligação é “o maior desafio, a maior causa e o maior trabalho que está sendo realizado na Terra”. É uma causa que precisa desesperadamente de mulheres, porque as mulheres moldam o futuro. Então, nesta noite, faço uma súplica profética a vocês, mulheres da Igreja, para que moldem o futuro ao ajudar na coligação da Israel dispersa. (“A participação das irmãs na coligação de Israel, Conferência Geral, outubro de 2018).

A coligação de Israel é um assunto encontrado em todos os lugares das escrituras. No Topical Guide pode ser encontrado sob títulos como “Apostasia de Israel”, “Israel, Escravidão de, no Egito”, “Israel, Escravidão de, em outras terras”, “Israel, reunião de,” “Israel, missão de, “E Israel, dispersão de,” há mais de seiscentas referências sobre a dispersão e coligação de Israel.

Essas referências deixam claro que um dos principais motivos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi organizada nesta dispensação foi apresentar as doutrinas, as chaves do sacerdócio, os convênios e as ordenanças necessárias para coligar Israel de volta ao convênio. Muitas vezes falamos de famílias eternas como um dos maiores dons de Deus para nós. Mas não é disso que se trata a coligação de Israel? Trazer indivíduos para o convênio para que eles possam se tornar parte de sua própria família eterna? Há algo mais importante do que isso?

Fonte: LDS Living

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