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As dificuldades de uma mãe durante a transmissão da Conferência Geral

Uma das coisas que sempre espero duas vezes durante o ano, é a oportunidade de ir às transmissões da Conferência Geral.

Para mim, é um momento de revelação pessoal, um lembrete poderoso da minha identidade divina e um evento onde posso me sentir unida aos milhões de santos de todo o mundo.

Sou mãe a 12 anos, meus filhos cresceram em número, e minha animação pela conferência, de algum modo, diminuiu. Já me perguntei, “Será que vou me afastar?” “Me afastei do caminho estreito e apertado?”

Essas perguntas podem parecer pesadas, mas provavelmente estou exagerando. No fundo do meu coração, tenho respostas positivas para elas.

Durante a transmissão da Conferência Geral, encaro muito desafios e tenho certeza que, de um jeito ou de outro, todos nós podemos nos identificar com essa situação.

Devo escutar os oradores ou os meus filhos?

Meus filhos não ficam quietos por muito tempo. Eles sempre têm algo a dizer ou perguntar. Eles fazem ótimas perguntas, mas às vezes elas são bem bobas.

“Mamãe, porque a cabeça do Presidente Nelson está tão brilhante?” Como posso não dar risada e ficar séria quando ouço uma pergunta dessas?

Preciso me lembrar que primeiro sou mãe dos meus filhos, antes de ser um membro na congregação. Meus filhos aprendem comigo antes de aprenderem com as Autoridades Gerais que discursam durante a conferência.

Então me preparo e respondo as perguntas da melhor maneira que posso.

Meus filhos devem dormir meus braços ou devo fazer anotações?

Para mim, anotar impressões espirituais e palavras de inspiração, são os pontos altos das conferências. Também gosto de manter um caderno somente para conferências.

Outro ponto positivo sobre essas anotações é que elas me ajudam a me manter acordada durante as 2 horas de cada sessão. Mas agora, com a maternidade, meus filhos dormem no meu colo durante as sessões.

Talvez seja por causa do Coro do Tabernáculo ou por causa da temperatura perfeita da capela e a iluminação baixa, eles apagam todos juntos, é claro. E às vezes, é impossível de fazer anotações.

Esse feitiço do sono é contagioso. Às vezes até eu me pego cochilando no meio de um discurso, e os sentimentos de frustração podem ser desanimadores durante momentos como esse.

Então eu me pergunto “Você ia querer que outras pessoas estivesse com os seus filhos no colo e que pudessem cheirar o cabelo deles ou sentir a batida do coração deles?”

Devo assistir as transmissões na capela ou ficar em casa?

Apesar de toda a loucura, eu ainda escolheria me reunir aos santos nas capelas para assistir a transmissão. Entendo que não posso me preparar “perfeitamente” para a Conferência Geral, mas quero me preparar intencionalmente.

Mesmo que eu não escute aos discursos direito, prefiro estar lá. Me reúno aos santos e trago meus filhos comigo. Sei que se eu fizer isso, eventualmente meus filhos entenderão a importância de se reunir aos santos para a conferência, sempre que possível.

Pode ser que eles não aprendam com os oradores, mas com certeza aprenderão conosco. Eles verão a reverência que temos com esse evento sagrado.

Haverá momentos em que as situações não nos permitirão assistir a Conferência Geral com os santos. Mas sinto fortemente que se for possível, e que se as circunstâncias permitirem, é bom nos reunirmos nas estacas ou nas capelas e levar os nossos filhos conosco.

Sinto que quando os santos se reúnem, o céu sorri e milagres acontecem.  As coisas irão melhorar. Nem sempre será caótico. Nossos filhos irão crescer e sentiremos falta da bagunça que eles fazem.

Então por agora, enquanto ainda podemos, devemos assistir a conferência com eles. Assim, criaremos memórias que carregaremos para o resto de nossas vidas.

Fonte: FaithPh

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