MaisFé.org

As mãos que podem curar

Conta-se a história de que, durante o bombardeio de uma cidade na Segunda Guerra Mundial, uma grande estátua de Jesus Cristo foi seriamente danificada. Quando os moradores encontraram a estátua entre os escombros, eles se lamentaram porque ela fora um símbolo querido de sua fé e da presença de Deus em sua vida.

Peritos conseguiram reparar a maior parte da estátua, mas as mãos haviam sido tão danificadas que não puderam ser restauradas. Algumas pessoas sugeriram que contratassem um escultor para fazer novas mãos, mas outros queriam deixá-la como estava — uma lembrança permanente da tragédia da guerra.

Ao final, a estátua permaneceu sem as mãos. Contudo, o povo da cidade acrescentou ao pé da estátua de Jesus Cristo uma placa com estas palavras: “Vós sois minhas mãos”. 

Ao pensar em como poderíamos ser as mãos do Senhor, nos questionamos se somos capazes de fazer o que Ele fez, de amar como Ele amou e de servir como Ele serviu.

Ser as mãos do Senhor

Aprendemos nesta vida que somos instrumentos nas mãos de Deus para realizar coisas grandes e maravilhosas (Romanos 11:36), mas na maioria das vezes não reconhecemos que isso pode ser realizado por coisas pequenas e simples (Alma 37:5-6).

Ao demonstrar às pessoas que vivem ao nosso redor que as amamos por meio do serviço genuíno, um sorriso amoroso, uma escuta atenta, por abraços e palavras de conforto, nós as acolhemos, e assim fazemos exatamente o que o nosso Salvador ensinou: 

“Mestre, qual é o grande mandamento na lei?”, Ele respondeu que devemos “[amar] ao  Senhor [nosso] Deus de todo o [nosso] coração” e “[amar] o [nosso] próximo como a [nós  mesmos]”.

A resposta do Salvador reforça nosso dever celestial e, está em nossa natureza divina amar as pessoas bem como servi-las em suas necessidades (Mórmon 18:8).

Mas, você deve estar se perguntando como isso faz parte de nossa natureza num mundo onde em há tantas competições, e tanta manifestação de egoísmo e desumanidade?

Pode ser interessante: Por que fomos criados à imagem e semelhança de Deus?

À maneira do Senhor

Ao virmos para esta Terra, aceitamos fazer parte de um plano onde teríamos como nosso maior desafio, vencer o homem natural, moldando-o à maneira do Senhor, ‘pois nosso espírito está pronto, porém, a carne ainda padece na [sedução] do pecado’ (Matheus 26:10).

Somente por meio da Expiação de Cristo somos capazes de não só reconhecer, como também, vencer nossas fraquezas.

Ao nos humilharmos perante Ele, no processo de se tornar um ponto forte em nossa essência divina, desenvolveremos fé e perseverança, ao trilhar o caminho que nos leva em direção ao Salvador (Mosias 3:19; Éter 12:27).

Desta forma, teremos ‘experimentado a boa palavra, que faz crescer em nós o desejo de compartilhar’ assim como o profeta Alma ensinou que seria (Alma 22).

Sendo assim, os que experimentam diariamente a alegria de testificar que Seu Poder em nossas vidas é real, podem praticar a inclusão, e sendo ela positiva, leva à união e o real cuidado uns com os outros, trazendo a mensagem, não só pela boca, mas pelo exemplo, pois, Deus não faz acepção de pessoas, e repudia todo aquele que assim o faz (2 Néfi 26:33).

Ele nos conhece pelo nome

Podemos demonstrar bondade e amor nutrindo e tratando todos com carinho. Não precisamos fingir o que não somos para aprendermos amar ‘os que nos maldizem e perseguem’, isso acontece com o tempo, porque Deus molda nosso caráter, mas, Ele respeita nossa personalidade.

Ao olhar pela perspectiva do evangelho, reconhecemos que nós também estamos sob os cuidados de um cuidador compassivo, que nos nutre e é bondoso conosco. O Élder Gary Stevenson compartilhou:

“O Bom Pastor  conhece cada um de nós pelo nome e tem interesse e amor pessoal por você e todos ao seu  redor. O próprio Senhor Jesus Cristo disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas. (…) E [darei] a minha vida pelas ovelhas”.

Ele conhece cada um de nós e estaremos sempre sob Seus cuidados, pois Ele nos ama, e nos tem gravado nas palmas de Suas Mãos’ (Isaías 49:16).

Quando nos depararmos com os ventos e as tempestades da vida, com doenças e aflições, o Senhor — nosso Pastor, nosso Cuidador — vai nos nutrir com amor e bondade, Ele vai curar nosso coração e restaurar nossa alma, e ao estarmos curados nos lembraremos de que somos parte do Verdadeiro autor da cura.

Este artigo foi escrito por Eva Falcão de Amorim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *