MaisFé.org

Como a existência pré-mortal constrói nossa fé nos dias atuais

Para compreender a vida mortal que estamos vivendo e a vida imortal à nossa frente, precisamos começar com o conselho pré-mortal antes do mundo ser criado.

Alguns dirão, “mas eu não me lembro de uma vida pré-mortal.”

Não me lembro da minha vida pré-mortal, mas também devo admitir que não me lembro do dia em que nasci. Você se lembra?

Embora exista uma certidão de nascimento ou fotos para autenticar a sua data de nascimento, e até mesmo histórias que sua mãe, pai ou avós contam, você deve reconhecer que você não se lembra exatamente de seu próprio nascimento. No entanto, não poderíamos concordar que você realmente nasceu?

O nosso nascimento, a nossa infância e a nossa adolescência, nos dão um contexto sobre quem somos, sobre as nossas esperanças e sonhos, o nosso desejo de trabalhar e alcançar metas, e a nossa vontade de fazer coisas que são difíceis para o nosso bem.

Assim como não nos lembramos do dia em que nascemos, não nos lembramos da nossa vida pré-mortal. Assim como contamos com documentos ou familiares para contar com precisão o que aconteceu no dia em que nascemos, colocamos a confiança na verdade e precisão das escrituras e nos profetas modernos para termos essa perspectiva que é muito importante para a nossa mortalidade.

O poeta William Wordsworth escreveu as belas palavras: “O nosso nascimento é apenas um sono e um esquecimento.”

No conselho pré-mortal nos céus, o primogênito de Deus se ofereceu para ser o nosso Redentor: “Eis me aqui, envia-me” (Abraão 3:27). Outro filho espiritual, Lúcifer, rejeitou o plano do Pai e ofereceu, em vez disso, um plano desonesto para nos salvar sem considerar preferências pessoais, arbítrio ou dedicação voluntária, num plano onde ele receberia todo o crédito.

Lúcifer disse: “Envia-me; serei teu filho e redimirei a humanidade toda, de modo que nenhuma alma se perca; e sem dúvida eu o farei; portanto, dá-me a tua honra” (Moisés 4:1). Ele não queria leis, mandamentos, obediência ou responsabilidade, e sem elas, não poderia haver arbítrio.

Infelizmente, estas falsas filosofias também são encontradas em nosso caminho neste mundo. Corior elogiou as pessoas, dizendo-lhes que não precisavam de um Cristo, uma expiação, ou uma remissão de seus pecados porque “nada que o homem fizesse seria crime” (Alma 30:17). Ainda encontramos entre nós aqueles que buscam somente “fazer suas próprias coisas” e “viver a sua própria verdade”, desprezando a autoridade e a responsabilidade. Estas declarações são falsas para a verdadeira felicidade.

Vivemos muito antes do dia documentado pela nossa certidão de nascimento terrena (ver Jeremias 1:5; Doutrina e Convênios 93:29; 138:53, 56; Moisés 6:36). A nossa identidade individual está marcada em nós para sempre. Se tal documento existisse, nossa certidão de nascimento pré-mortal teria listado Deus, o Pai Eterno, como o Pai de nossos espíritos (ver Hebreus 12:9). De uma maneira que não entendemos totalmente, nosso crescimento espiritual lá no mundo pré-mortal influencia quem nós somos aqui.

Aceitamos o plano de Deus. Sabíamos que iríamos experimentar dificuldades, dores e tristezas na terra. Também sabíamos que o Salvador viria e que, à medida que nos provássemos dignos, seríamos ressuscitados, com “um acréscimo de glória sobre sua cabeça para todo o sempre” (Abraão 3:26).

Nosso Salvador Jesus Cristo

Como participantes no mundo pré-mortal, nos regozijamos pelo primogênito do Pai, Jesus Cristo, ser o nosso Redentor (ver Jó 38:7). Com “grande fé e boas obras” (Alma 13:3) estávamos preparados para vir a um mundo onde haveria oposição, pecado e morte. Precisaríamos vencer Satanás neste mundo. Como faríamos isso? O Apóstolo João declarou: “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho” (Apocalipse 12:11).

“Estes são os que vieram de grande atribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14). O centro do plano de redenção exigiria que nosso amado Salvador “descesse abaixo de todas as coisas” (Doutrina e Convênios 88:6) e fizesse o sacrifício final do sofrimento por todos os pecados, injustiças e morte de um mundo decaído.

A aproximação às nossas vidas muda à medida que acordamos para Deus espiritualmente e verdadeiramente acreditamos Nele, o Salvador de toda a humanidade, e no plano de redenção. Vivemos nossas vidas de forma diferente, pois acreditamos nos sussurros silenciosos que nos recordam quem realmente somos e como apoiamos corajosamente o plano de nosso Pai no mundo pré-mortal.

Voltando à presença de Jesus Cristo

Arte: The Arrival por Jon McNaughton

Mandamentos que outrora pareciam limitantes não são mais um fardo, mas uma bênção para nos ajudar a encontrar o caminho de volta para casa. “Portanto, depois de ter-lhes revelado o plano de redenção, Deus lhes deu mandamentos.” (Alma 12:32).

Nosso propósito nesta vida é receber um corpo físico e ter experiências mortais, incluindo as tentações e a oposição de um mundo decaído para nos testar. Nosso objetivo é nos tornarmos mais como nosso Pai Celestial (ver Abraão 3:24-26).

Como uma das testemunhas do Senhor, testifico de que não há nada mais importante nessa vida que a alegria espiritual e as bênçãos eternas que advêm de ter fé no Pai Celestial e em Jesus Cristo e em Sua Expiação, recebendo o perdão por nossos pecados, para provar a nós mesmos guardando Seus mandamentos e ajudando os outros, e encontrando a felicidade na família e outros relacionamentos. Despertai-vos em Deus e alegrai-vos em Seu plano de redenção.

Fonte: LDS Living

Relacionado:

Por que devemos estar sempre engajados em descobrir o nosso destino divino?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *