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Como tomar decisões quando o céu se silencia

Como membros da Igreja, sempre ouvimos sobre a importância do arbítrio e de escolher o que é certo. Mas, escolher o que é certo, nem sempre é tão fácil quanto parece.

As decisões que tenho que tomar, são sempre desafiadoras em minha mente porque os caminhos que posso seguir são muito parecidos. Sempre me encontro querendo ter certeza de que escolhi o caminho perfeito.

Quero ser feliz e ter o máximo de sucesso que posso, então oro sobre o assunto. Coloco Deus em todas as minhas tomadas de decisões, algo que sempre fui ensinada a fazer.

Ao ir à Igreja a cada semana, sempre ouço histórias e testemunhos de pessoas que têm respostas poderosas e fortes de suas orações. Elas testificam que Deus escuta e fala conosco e sinto que suas palavras são verdadeiras.

No entanto, eu nem sempre tenho esse tipo de experiência em minhas orações. Sei que Deus me escuta, mas às vezes questiono se ele realmente nos responde.

Por que não escuto uma resposta como aquelas que são testificadas na igreja?

Tenho certeza de que muitos de vocês se sentem assim. Existem pessoas que recebem revelações bem claras e pessoas que lutam para perceber um pequeno sussurro. Faço parte deste último grupo.

Sempre me pego nessas situações, e penso “Preciso tomar uma decisão. Quero saber se o que estou fazendo é o certo para mim e para a minha vida, mas se também é o que Deus quer que eu faça.”

Eu reflito, eu pondero. Mas parece que isso me consome.

Depois de dias e às vezes até semanas, me acalmo. Decido esperar e coloco a minha vontade nas mãos dele. Aprendi que quando tenho paciência e tenho a real intenção de esperar e deixar Ele me ajudar, depois que já fiz tudo o que pude, é quando recebo uma resposta.

Mas a resposta Dele não vem em um sussurro ou em um pensamento.

Vem no silêncio – um silêncio celestial.

As respostas que encontramos no silêncio

Não há sim ou não, ou um sentimento forte sobre o que devo escolher. Parece que através do silêncio, Ele parece deixar por minha conta.

Sinto que é a maneira Dele de me falar que aquela é a minha escolha. Que aquela escolha será boa, que Ele ficará feliz e orgulhoso por mim, contanto que eu esteja feliz e orgulhosa da minha escolha.

É como saber a diferença se a ideia veio de uma inspiração ou do Espírito Santo ou da minha consciência. Não importa de onde venha, se é boa, devo segui-la.

No final das contas, tomo uma decisão como se Deus não tivesse me ajudado. No entanto, Ele me ajudou. O silêncio celestial Dele, permite que eu use o meu arbítrio sabendo que Ele me apoia.

Ele permite que eu me concentre em meus sentimentos independente da decisão, e que eu siga em frente a partir daquele momento.

Esse silêncio celestial é tão confuso e tão poderoso que é um pouco difícil de se acostumar. Se podemos orar por revelação, então porque a revelação não é clara?

A resposta para essa pergunta, para mim, se tornou mais clara com o tempo. Nem sempre recebo uma revelação, porque as opções que tive antes eram boas.

Posso escolher a opção A ou a B, mas ambas permitirão que eu viva uma vida fiel e temente a Deus. Então, faz sentido quando Deus nem sempre sugere uma no lugar da outra.

Ele permite que eu tome aquela decisão. Ele permite que eu use o meu arbítrio e me sinto confiante com as minhas decisões.

Deus fala conosco de diferentes maneiras

O silêncio celestial em minha vida, tem me ensinado que Deus ‘fala’ conosco de diferentes maneiras.

Antes de ficar noiva, meu noivo sugeriu que eu orasse sobre casar com ele. Eu não havia considerado aquilo antes porque eu sabia que casar com ele é uma boa escolha para mim.

Eu conhecia ele bem e tinha fé de que um relacionamento com ele, permitiria que eu tivesse uma família na Igreja. Eu sabia que ele seria um esposo maravilhoso. Eu o amo.

No entanto, aceitei o conselho e orei sobre nosso relacionamento. Orei para saber se Deus estava por trás daquela decisão de me casar com aquele homem.

Essa circunstância é uma das muitas nas quais minhas respostas vieram através do silêncio celestial. Eu já sabia que me casar com ele no templo era uma boa decisão, e o silêncio que recebi depois de orar, testificou que Deus não tinha objeções quanto a minha decisão.

O silêncio permitiu que eu contemplasse a decisão por mim mesma – se eu deveria ou não me casar com ele. Decidi que sim. Me senti bem sobre minha decisão. Foi uma boa escolha. E ele é o esposo perfeito para mim.

Nem sempre o silêncio celestial resulta em finais felizes. A vida é cheia de pessoas que estão tomando decisões ao nosso redor.

Se meu esposo decidisse parar de ir à Igreja ou fazer coisas com as quais eu não concordo, não necessariamente significaria que a minha decisão de casar com ele foi ruim.

Todos nós somos afetados pelas decisões que acontecem a nossa volta. Sou grata por termos escolhido o que bom em nossas vidas até agora.

Levo uma vida corrida, e como resultado disso, o tempo para a contemplação espiritual e a ponderação, às vezes é raro. O que significa que para que eu tenha uma resposta, preciso encontrar momentos de quietude.

Nesses momentos que estou buscando por uma resposta para uma oração ou pergunta, muitas vezes Deus está em silêncio. E está tudo bem, porque Ele confia em mim e eu confio Nele. O silêncio celestial Dele é uma resposta para as minhas orações.

Fonte: LDSDaily

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