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O que é resiliência e por que ela é importante?

Essa palavra está tão famosa ultimamente não é? Você sabe o que ela significa?

Resiliência é uma palavra oriunda do latim resiliens, que significa voltar ao estado normal, principalmente após uma situação crítica que altera o equilíbrio de um sistema, da morfologia de um objeto, ou do estado natural de um indivíduo.

O termo resiliência é muito utilizado na Física, para descrever o nível de resistência que um material pode sofrer frente às pressões sofridas e sua capacidade de retornar ao estado original sem a ocorrência de dano ou ruptura.

A Psicologia pegou emprestada a palavra, criando o termo resiliência psicológica para indicar como as pessoas respondem às frustrações diárias, em todos os níveis, e sua capacidade de recuperação emocional.

Falando de uma maneira bem simples, quando mais resilientes nós formos, mais fortemente estaremos preparados para lidar com as adversidades da vida.

E poderíamos dizer que há também a resiliência cristã.

Resiliência Cristã poderia ser descrita como a capacidade de manter-se firme diante das lutas enfrentadas por nós cristãos sem perdermos nossa fé.

As escrituras mencionam vários casos de resiliência! Vamos ver alguns deles.

1)  A resiliência de Maria, a mãe de Jesus

Maria, a mãe de Jesus é um grandioso exemplo de resiliência.

Maria era ainda jovem, quando recebeu o anjo Gabriel lhe perguntando se ela aceitaria ser a mãe do Salvador. Mesmo sem saber como se daria todo o processo, Maria aceitou.

Desde aquele momento, até o final de sua vida, Maria sofreu dores que não conseguimos sequer imaginar.

Ela sofreu a dor de separar-se jovem de sua família, morar em uma terra distante, fugir pelo deserto com seu esposo e filho… Como se não bastasse toda uma vida marcada por provações, Maria viu seu filho ser crucificado. Podem imaginar tamanha dor?

Maria foi resiliente em cada período de sua vida. Ela jamais desistiu de cumprir os propósitos e planos do Pai Celestial. Ela seguiu firme pela causa de Cristo.

2)  A resiliência de Paulo

“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales.” (Atos 18:9)

Paulo definitivamente foi chamado para sofrer pelo Evangelho de Cristo.

Em 2 Coríntios 11:25-27 lemos o quanto ele sofreu.

“Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo.

Em viagens, muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos.

Em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez.”

Em sua segunda viagem missionária Deus lhe deu essa palavra de ânimo (em Atos 18:9), pois ainda havia muito a ser feito. E muito ele ainda sofreu após essa injeção de ânimo.

Paulo passou sede, fome, frio e nudez, mas venceu o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé.  Como podemos lemos em 2 Timóteo 4:7. Apesar de todo o sofrimento enfrentado por Paulo sua fé estava intacta.

Paulo foi resiliente e não deixou que nada o abalasse. Ao fim de tudo permanecia firme em sua fé.

3)  A resiliência de Jeremias

“Não temas diante deles, porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor.” (Jeremias 1:8)

Jeremias nasceu na cidade de Anatote no território de Benjamim, em aproximadamente 650 a.C., no período final do reinado do rei Manassés de Judá.

Anatote era um vilarejo sacerdotal que ficava aproximadamente a três quilômetros de distância de Jerusalém (Js 21:17-18; Jr 11:21-23).

Quando o rei Manassés morreu, provavelmente Jeremias tinha cerca de dez anos de idade.

Amom, o filho de Manassés, governou por dois anos entre 642 e 640 a.C. (2Rs 21:19-26). Depois, quem assumiu o trono foi o jovem Josias, que governou entre 640 e 609 a.C.

Jeremias foi chamado pelo Senhor como profeta no décimo terceiro ano de reinado de Josias, em 627 a.C. Na descrição de sua convocação, podemos perceber a forma soberana com que Deus o chamou:

“Antes que te formasse no ventre, te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei, e às nações te dei por profeta.” (Jeremias 1:5)

A resposta de Jeremias diante do chamado de Deus foi a de que ele era incapaz para desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino.

Além de pouca idade, o jovem foi chamado em um período de profunda desobediência e idolatria de Judá. Ele não era covarde, mas temeu porque sua missão era muito árdua.

Sofreu muito e viveu só, pois chamou o povo ao arrependimento para evitar o juízo de Deus, mas o povo não lhe deu ouvidos.

O povo deveria se render diante do inimigo se quisesse se manter vivo.

Por causa do seu chamado foi preso e teve sua vida sob ameaça várias vezes, pois o que ele profetizava ia contra os líderes da época.

Jeremias temeu, mas não perdeu sua fé e confiança em Deus. Jeremias não deixou que nada, nem ninguém o separassem de Deus.

4)  A resiliência de Ezequiel

“Filho do homem, eis que tirarei de ti o desejo dos teus olhos de um golpe, mas não lamentarás, nem chorarás, nem te correrão as lágrimas.” (Ezequiel 24:16)

Deus avisou para Ezequiel que iria levar a sua amada esposa, mas o proibiu de lamentar a sua perda. Ele não poderia tirar um período para o luto.

Mas isso não significa que não podemos sentir a perda de um ente querido.

Deus queria usar a conduta do profeta como a ilustração de uma profecia que Ele queria passar para o povo.

O mundo está olhando como nos comportamos diante das lutas e às vezes passamos por determinadas circunstâncias para as obras de Deus sejam conhecidas.

Ser profeta de Deus não é algo fácil. E não foi nem um pouco fácil também para o profeta Ezequiel.

Nós precisamos de resiliência cristã para obedecer a Deus mesmo diante da dor da morte daqueles a quem amamos.

sobre você

 Em conclusão…

Há ainda muitos outros exemplos de resiliência que poderíamos mencionar ao pensar nas escrituras– Jó, os doze apóstolos originais, Rute, Marta e Maria, Joseph Smith, todos os pioneiros que deixaram seus países para ir para Sião.

As histórias são diferentes entre si. No entanto, o aprendizado que delas tiramos é de que não importa o que venha a acontecer, podemos decidir permanecer firmes em nossa fé.

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