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O que o Profeta Russell M. Nelson disse sobre o Aborto?

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida como Igreja mórmon tem uma posição firme sobre o aborto.

“A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acredita na santidade da vida humana. Portanto, a Igreja se opõe ao aborto induzido por conveniência pessoal ou social e aconselha que seus membros não podem submeter-se a um aborto nem realizar, incentivar, pagar ou providenciar esse procedimento, nem consentir que ele seja realizado.” (Sala de Imprensa – Aborto)

Todavia, a Igreja reconhece exceções. Quando a gravidez é consequência de estupro, incesto ou quando um médico competente compreende que a vida ou a saúde da mãe esteja em grave risco ou ainda que se descubra que o feto é portador de defeitos graves que não permitirão que a criança sobreviva após o nascimento o aborto é possível.

Essa posição, muito antiga, foi reafirmada a vários anos, quando o Presidente Russell M. Nelson, Presidente da Igreja e Profeta do Senhor, servia como Apóstolo. Sendo médico e ocupando um dos cargos máximos de liderança, ele era perfeitamente capaz de fala de um assunto muitas vezes delicado. Separamos algumas partes de seu artigo abaixo:

Porque a Igreja se opõem ao aborto?

O Presidente Nelson respondeu essa pergunta dizendo:

“Esse é um assunto de grande importância para nós, pois o Senhor declarou repetidas vezes esta ordem divina: “Não matarás”. Posteriormente, acrescentou: “Nem farás coisa alguma semelhante”. (…)

As regras dos homens legalizaram agora o que foi proibido por Deus desde a aurora dos tempos! O raciocínio humano distorceu a verdade absoluta e a transformou em slogans atrativos que promovem uma prática intrinsecamente errada.”

Mas o feto está vivo? Quando começa a vida?

Muitas pessoas que defendem o aborto dizem que não existe problema de abortar nas primeiras semanas – antes da formação completa do feto. O Presidente Nelson disse a este respeito:

“Quase todas as legislações relativas ao aborto levam em conta a duração da gestação. A mente humana tem a pretensão de determinar quando começa uma “vida significativa”. Durante meus estudos de medicina, aprendi que uma nova vida começa quando duas células especiais se unem para tornar-se uma única célula, com 23 cromossomos provenientes do pai e 23 cromossomos da mãe. Esses cromossomos contêm milhares de genes. Num maravilhoso processo que envolve a combinação de códigos genéticos que determina todas as características humanas da pessoa ainda por nascer, forma-se um novo complexo de DNA. O crescimento contínuo resulta num novo ser humano. Cerca de 22 dias após a união das duas novas células, um coraçãozinho começa a bater. Aos 26 dias, começa a circulação sangüínea. Legislar sobre o momento em que uma vida em formação passa a ser considerada “significativa” é, a meu ver, presunçoso e bastante arbitrário.”

A mulher não tem direito sobre seu próprio corpo?

O Presidente Nelson falou que “como membros da Igreja, devemos defender a escolha — a escolha correta — não simplesmente a escolha como fim em si mesma”. Ele disse ainda:

“Quando se debate o tema polêmico do aborto, muitos invocam o “direito individual de escolha”, como se fosse a virtude suprema. Isso só poderia ser verdade se houvesse uma única pessoa envolvida. Os direitos de uma pessoa, seja ela quem for, não justificam que se infrinjam os direitos alheios. Dentro ou fora do casamento, o aborto não é um assunto meramente individual. Interromper a vida de um bebê em formação envolve duas pessoas com corpo, cérebro e coração separados. As escolhas que uma mulher faz com relação a seu próprio corpo não inclui o direito de privar seu bebê da vida — uma vida inteira de escolhas que seu filho faria.”

Ele também afirmou que o aborto eletivo foi legalizado em muitos países “com base na premissa de que a mulher é livre para escolher o que faz com o próprio corpo. Até certo ponto, isso é verdade e se aplica a todos nós, homens ou mulheres. Somos livres para pensar. Somos livres para planejar. Somos livres para agir; mas depois de praticarmos uma ação, não estamos livres de suas consequências”.

“Para compreender melhor esse conceito, podemos aprender com os astronautas. A qualquer instante, durante o processo seletivo e a preparação, eles têm a liberdade de abandonar o programa, mas depois do lançamento da espaçonave, o astronauta não se pode esquivar das consequências da escolha feita antes do início da viagem.”

Mulher triste refletindo

E quanto as exceções?

O Presidente Nelson disse que “a preocupação com a saúde da mãe é vital, mas as circunstâncias nas quais a interrupção da gravidez é necessária para salvar a vida da mãe são raríssimas, principalmente nos locais que dispõem de recursos médicos modernos. Outra preocupação é a ligada às gestações resultantes de estupro ou incesto. Essa tragédia é agravada pelo fato de ter sido negada a liberdade de escolha a uma mulher inocente. Nessas circunstâncias, o aborto às vezes é considerado aconselhável para preservar a saúde física e mental da mãe. O aborto por esses motivos também é raro.”

Ele então contou uma experiência para ilustrar que o aborto nos casos em que há risco de má-formação congênita nem sempre é aconselhável. “A vida tem grande valor para todos, inclusive para as pessoas nascidas com deficiências. Além disso, o resultado pode ser menos grave do que o previsto” disse ele.

Lembro-me bem de um casal que viveu uma experiência dessa natureza. A mulher tinha apenas 21 anos de idade na época — uma esposa bela e dedicada. Em seu primeiro trimestre de gravidez, contraiu rubéola. Foi recomendado o aborto, pois o bebê em formação certamente seria afetado. Alguns familiares, por preocupação e amor, exerceram ainda mais pressão para o aborto. Em espírito de oração, o casal consultou o bispo. Ele os encaminhou ao presidente da estaca, que, ao ouvir suas preocupações, aconselhou-os a não pôr fim à vida desse bebê, embora fosse provável que nascesse com algum problema. Citou a seguinte escritura:

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.

Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”

Eles optaram por seguir esse conselho e permitiram que o bebê nascesse — uma linda menininha, normal em todos os aspectos, exceto a audição: era totalmente surda. Depois da avaliação da filha numa escola para surdos, os pais ficaram sabendo que ela tinha o intelecto de um gênio. Ela frequentou uma grande universidade com bolsa de estudos. Hoje, cerca de 40 anos depois, leva uma vida maravilhosa.”

“Negar a vida a alguém devido à possibilidade de uma deficiência é algo muito sério”, concluiu o Profeta.

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O aborto é um pecado sério – mas existe arrependimento?

O profeta disse:

“Há esperança para uma pessoa que praticou aborto? Há esperança para aqueles que cometeram esse pecado e que agora sentem profundo pesar? A resposta é sim! Até onde foi revelado, a pessoa pode arrepender-se e ser perdoada do pecado do aborto induzido. Sabemos que o Senhor ajudará todos os que se arrependerem verdadeiramente.”

Ele então afirmou, concluindo seu artigo:

“A vida é preciosa! Ninguém pode acariciar um bebê inocente, fitar seus belos olhos, tocar seus dedinhos e beijar seu rostinho sem sentir profunda reverência pela vida e pelo Criador. A vida vem da vida. Não é fruto do acaso. É um dom de Deus. Ele não envia vidas inocentes para serem destruídas. A vida é concedida por Deus e naturalmente só deve ser tirada por Ele. Testifico que a vida é eterna como Ele é eterno.”

Leia o artigo completo aqui.

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